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Estudantes do Instituto Armando Guebuza reclamam de fome

Foto: O País

Mais de duzentos estudantes do Instituto Politécnico Armando Emílio Guebuza, em Manica, passam fome. Além de falta de comida, os  filhos de combatentes dormem no chão por falta de colchões.

Dramática! É assim como  se pode descrever a situação em que vivem os alunos do Instituto de Formação Técnico Profissional Armando Emílio Guebuza, no distrito de Vanduzi, província de Manica. A infraestrutura está a cair de podre. No seu interior, há  colchões improvisados em que os formandos têm passado as noites.

Os alunos, agastados, queixam-se de estar a passar por momentos de grande aflição. “Nós temos enfrentado grandes dificuldades porque as beliches não estão em condições para os estudantes poderem se acomodar. E, falando também dos colchões, devo dizer que estes não estão minimamente bem”, reclamou uma das estudantes, que foi secundada pela sua colega de quarto no orfanato. “As outras colegas acabam dormindo no chão por falta de beliches. E, as beliches que temos aqui, já não estão em condições.”

Dormir, para os estudantes, até é o de menos, porque pelo menos têm tecto. Mas a situação da fome é a mais grave. No centro não existem refeições. Os alunos compram de fora e mesmo assim é proibido confeccionar produtos no “Instituto”.

“Não temos beliches suficientes. E, não tendo beliches suficientes, alguns estudantes têm que dormir sobre o colchão. Os colchões, alguns deles, já são muito usados e finos. As pessoas podem dizer que dormem no chão mas tem um colchão que chamam de lámina. É fino mas é aquilo que a instituíção tem neste momento e pode oferecer aos estudantes”, defendeu José Tiua, Diretor do Instituto Politécnico Armando Emílio Guebuza.

A direção do internado reconhece os problemas e diz estar de mãos atadas. Pede a intervenção do governo.

O Instituto Armando Emílio Guebuza, localizado em Chigodole, distrito de Vanduzi, foi criado para formar filhos de antigos combatentes, isentos de propinas e quaisquer taxas.

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