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ADS: Nova plataforma da sociedade civil lançada em Maputo

Uma nova plataforma da sociedade civil foi lancada esta segunda-feira, em Maputo. Chama-se ADS, que segundo o seu presidente, Adriano Nuvunga, pretende ser um centro de ideias sobre liderança, desenvolvimento e juventude.

A nova plataforma da sociedade civil quer juntar as mais diferentes sensibilidades no debate e produção de ideias sobre o desenvolvimento político, económico e social do país, bem como o impacto das políticas públicas na vida do cidadão.

“É um think tank, um centro de ideia, um centro de acção que enfoca destacadamente na questão do desenvolvimento, na questão da liderança e desenvolvimento”, explicou Adriano Nuvunga.

Mais adiante Nuvunga defendeu que pretende-se que seja um espaço credível, que vai englobar políticos no poder e da oposição, pois focar-se-á no engajamento do poder público, sobretudo na questão de desenvolvimento.

“O foco específico do ADS é liderança e desenvolvimento, porque no momento não tem sido o foco da actuação da governação. Nós no ADS pretendemos indagar, questionar ate que ponto é que a acção governativa é conducente ao desenvolvimento”, frisou.  

No seu primeiro acto público o ADS convidou o académico nigeriano, Adebayo Olukoshi que defendeu a necessidade de os países africanos apostarem mais nas suas ideias de desenvolvimento e criticou a falta de uma governação estável e previsível na maioria dos países.

 “Não importa a ambição que qualquer líder político que ascenda ao poder possa ter, em muitos dos nossos países no continente, a falta de uma fórmula para governar, de uma forma estável e previsível com base nas regras que todos acordamos dificulta capacidade dos governos funcionarem efectivamente”, afirmou Adebayo Olukoshi.

Olukoshi citou a experiência de países que mesmo sem muitos recursos como o japão, Singapura ou a Coreia do Sul conseguiram traçar suas estratégias de desenvolvimento e foram bem-sucedidos, facto que não acontece em muitos países africanos. Para este académico o segredo esta em os países apostarem na sua visão de desenvolvimento que não passa por imitar o percurso de outros países, pois cada caso tem as suas especificidades.

“Não há três experiencias que são exactamente iguais. O percurso de Taiwan foi diferente do percurso de Singapura. O de Singapura foi diferente da Malásia e deste país foi diferente da Coreia do Sul. Desenvolvimento não é cópia. Nenhuma sociedade desenvolve por imitar outras”, referiu.

Intervieram ainda na cerimónia do lançamento do ADS a activista juvenil do Botswuana, Shamil Agosi, a presidente da Associação dos jovens Empreendedores, o embaixador da Suíça e a vice-ministra da Juventude Desportos que encorajaram a iniciativa.

 

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