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Especialistas de oncologia discutem em Maputo estratégias de luta contra o cancro

Primeira-dama da República diz que ainda há desafios na luta contra o cancro. Isaura Nyusi Compromete-se a envidar esforços para que mulheres e crianças não morram devido à doença, nos próximos anos, por falta de informação-.

O cancro em África continua a ser uma grande preocupação por constituir uma das principais causas da mortalidade. De acordo com dados da organização da Mundial da Saúde, o cancro mata mais do que a Malária nos países subdesenvolvidos e estima que, nos próximos anos, o número de mortes por cancro em África aumente em cerca de 70 por cento.

Para inverter a situação, mais de mil especialistas na área de oncologia estão reunidos em Maputo na 12ª Conferência Bienal da Organização Africana de Pesquisa e treino em cancro, denominado AORTIC, com objectivo de encontrar políticas científicas e de saúde pública que ajudem a lidar com o crescente número de casos de cancro no continente.

Discursando na abertura da conferência, esta terça-feira, a Primeira-dama da República, Isaura Nyusi, destacou os avanços alcançados na luta contra a doença com destaque para as campanhas de vacinação com HPV, a implantação dos serviços de radioterapia e as campanhas de prevenção do cancro da mama e do colo do útero, numa luta em que não faltam os dilemas e desafios.

“Apesar dos avanços temos desafios de vária ordem”, disse Isaura Nyusi, apontando que há necessidade de o sistema nacional da saúde alargar a abrangência geográfica e populacional, há fraca capacidade de assistência médica para o tratamento do cancro, o custo da vacinas é elevado, o que não permite a “vacinação em massa, entre outros constrangimentos”.

A esposa do Presidente da República comprometeu-se, perante os especialistas e participantes de 59 países, dos quais 34 de África, continuar os esforços no sentido de minimizar o impacto do cancro.

“Renovo o meu compromisso pessoal, nesta conferência, de manter o entusiamo de luta contra o cancro, não esmorecendo um segundo sequer enquanto eu souber que o povo moçambicano ainda sofre por esta doença”, disse a Primeira-dama da República, assegurando que de tudo fará para que nenhuma criança mulher e homem morra devido ao cancro por falta de informação.

O evento termina esta quarta-feira e é promovido pelo Ministério de Saúde e a Organização Africana de Pesquisa e treino em cancro, denominado AORTIC. A abertura da conferência contou com a presença da Princesa da Jordânia, Dina Mired, e foi apresentado um livro sobre o cancro, cujo lançamento será brevemente.

 

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