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Funcionários dos Serviços de Emergência do HGPC sem subsídios de oito meses

Trabalhadores do sector de emergência do Hospital Geral da Polana Caniço, na Cidade de Maputo, não receberam subsídios de oito meses do ano passado. A direcção diz que o Governo ainda não canalizou o dinheiro.

Trata-se de profissionais de medicina geral afectos à área de emergências do Hospital Geral da Polana Caniço, que decidiram quebrar o silêncio sobre o não pagamento dos ordenados de Abril a Novembro de 2021.

São mais de 20 trabalhadores que, vezes sem conta, abordaram o assunto com a direcção do hospital, mas sem sucesso. E sem revelar a sua identidade, alguns funcionários disseram à nossa reportagem que “Habitualmente, nós fazíamos urgências e cada funcionário era pago de acordo com o número de urgências efectuadas. “Com a pandemia da COVID-19, o Centro de Isolamento da Polana Caniço dependeu muito dos nossos serviços para ajudar a controlar a situação dos doentes e internados”.

O grupo de funcionários denuncia ainda despedimentos sem justa causa. “Um dia quando menos esperávamos, simplesmente, recebemos mensagens, segundo as quais, já não podíamos fazer parte dos clínicos de emergências naquela unidade sanitária. Ficamos sem perceber, efectivamente, o motivo da decisão”.

Mas as reclamações não param por aí. Segundo os trabalhadores, as condições de trabalho são precárias e por vezes eram submetidos a fazer noites sem direito à alimentação.

Carlos Manuel, um nome fictício, trabalha nos serviços de emergência desde 2017 e disse que trabalhou varias vezes nos serviços de emergência, tanto que, segundo seus cálculos, deve ser pago cerca cinquenta mil meticais correspondentes ao período de oito meses. “Os valores variam de acordo com os dias de trabalho que cada profissional consegue fazer”, esclareceu.

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