O regresso às aulas está marcado para dia 27 deste mês. No entanto, nem todos os alunos voltam à escola. A partir do final do mês, retornam às aulas os alunos da 12ª classe e os que frequentam a formação de professores.
O Conselho de Ministros, hoje, foi demorado e não era para menos. Dos temas abordados, destaca-se um que mexe com toda a sociedade: o regresso às aulas presenciais em tempos da COVID-19. E para já, o Executivo definiu 27 de Julho como dia da retoma ao ensino. Tal abrange os alunos da 12ª classe e a formação de professores, nas instituições em condições de garantir a protecção dos formandos.
“Estamos a falar de 171 escolas que leccionam a 12ª classe e 19 institutos de formação de professores em condições, sem problemas de água e sanitários, que retomarão nesta primeira fase”, explica o porta-voz do Governo, Filimão Suazi, que logo de seguida convidou a Osvaldo Machatine, titular da pasta de Obras Públicas e Recursos Hídricos para explicar sobre as intervenções a serem feitas nas instituições de ensino que ainda não estão em condições.
Vai decorrer, segundo Machatine, a reabilitação das fontes de água nas escolas e casas de banho, num prazo de 55 dias. Mas porque há escolas sem sequer casa de banho ou fonte de água (bastante útil – sempre foi útil e necessária – nos últimos dias para a lavagem das mãos), aqui decorrerão mexidas de raiz que vão durar 90 dias.
“O Governo encontra-se a fazer o levantamento de todas as infra-estruturas escolares existentes, quer seja do nível secundário, primário, quer seja institutos de formação de professores e internatos”, disse o ministro das Obras Públicas, para depois referir que o objectivo é de aferir quais as instituições de ensino tem condições de leccionar garantindo protecção aos formandos.
No país existem 667 escolas de nível secundário, 27 institutos de formação de professores e 157 centros de internato.
Esse valor o Governo já assegurou e será destinado à reabilitação ou à reposição destas infra-estruturas”, avança.
Questionado sobre a proveniência da verba, Machatine diz que o Executivo tem o valor recebido em forma de apoio para fazer face à COVID-19 e também capital que surge dos cofres do Estado. Refira-se que o Executivo anunciou serem necessários 700 milhões de dólares para lidar com a COVID-19 e deste valor já havia encaixado cerca da metade.
Quanto às escolas de nível primária, Osvaldo Machatine diz que ainda está a ser feito o levantamento das instituições para se saber quais tem condições e quais é que não e só depois disso é se vai calcular e anunciar o valor necessário para as intervenções de reabilitação das infra-estruturas de fornecimento de água e sanitários e construção, em alguns casos.