Afinal, o que inquieta os moradores de Boquisso, que se queixam de ameaça à segurança das suas casas, não é um areeiro, mas sim um projecto de construção de uma infra-estrutura militar. O esclarecimento foi feito pelo Ministério da Defesa Nacional (MDN), que garante que as famílias afectadas serão reassentadas.
O jornal O País noticiou, esta terça-feira, que moradores de Boquisso e Ngolhosa se queixavam de um areeiro, na área de servidão militar, que põe em risco as suas casas.
Entretanto, esta quinta-feira, o Ministério da Defesa Nacional levou a imprensa ao suposto areeiro para explicar a situação.
O primeiro ponto do esclarecimento é que não é um areeiro, mas sim o início de um projecto de construção de um campo de treinamento militar do Ministério da Defesa Nacional.
“Trata-se de um projecto, na área de servidão militar, onde o quartel contactou os Serviços Provinciais de Infra-estruturas de Maputo, e este serviço concedeu à unidade um parceiro que está a trabalhar connosco, porque não temos condições de fazer estas escavações de modo a implantar a infra-estrutura que pretendemos.”
O que não está claro é a razão de a população estar a reclamar da existência deste projecto, porque, segundo avança o Ministério da Defesa, os residentes nas proximidades foram informados.
“Antes de começarmos, tivemos um encontro com as populações nas proximidades para explicar que é um projecto de uma infra-estrutura militar.”
O quartel de Boquisso garante que já foram identificados terrenos para o reassentamento de algumas famílias que se encontram naquela área de servidão militar.
A empresa responsável por fazer as escavações tem como pagamento a areia que extrai do local.
Lembre-se que o governador da Província de Maputo tinha dito que o projecto seria suspenso, como forma de garantir que as casas dos residentes nas proximidades não sejam afectadas, o que não chegou a acontecer.