O País – A verdade como notícia

Equipas projectam o Moçambola do próximo ano

As equipas que militam no Moçambola já projectam o campeonato do próximo ano. Algumas colectividades têm estado a anunciar reforços para a próxima temporada. Há, também, treinadores que poderão juntar-se a alguns emblemas.

O Moçambola 2022 ficou para trás. A União Desportiva do Songo selou a sua participação com a conquista da prova, devendo, por isso, representar o país na Liga dos Campeões Africanos.

Pensando no próximo Moçambola, muitas equipas, sobretudo as que tiveram uma prestação pálida, já começam a projectar a sua participação no próximo ano. Para tal, têm-se desdobrado em reforçar os seus plantéis, tendo em vista garantir alcançar os seus objectivos, que passam pela conquista da prova.

O Costa do Sol, por exemplo, anunciou, através da sua página oficial no “Faceboock”, a contratação de Beto, jogador que na temporada recém-terminada vestia as cores da Associação Black Bulls.

Os “canarinhos”, que perderam o defesa central Salomão, atleta que representou o clube durante 10 anos, têm em vista trazer de volta o técnico português Horácio Gonçalves, o qual conduziu a equipa à conquista do Moçambola, em 2019.

Com a morte do presidente do clube, Jonas Chitsumba, vítima de acidente de viação, o empresário Bruno Morgado poderá voltar a dirigir o Costa do Sol, três anos após ter ajudado o emblema “canarinho” a conquistar o Moçambola, quebrando um ciclo de 12 anos sem vencer a prova.

Além do regresso do técnico, há indicações de que Isac, melhor marcador do Moçambola, com 11 golos, poderá voltar a vestir as cores “canarinhas”, um ano depois de ter rumado para o Ferroviário de Nampula.

O experiente avançado saiu do Costa do Sol pela porta pequena, após ter sido preterido por Artur Semedo. O regresso do Isac à equipa “canarinha” tem a ver, também, com o facto de o jogador pretender estar perto da família.

Por seu turno, a Associação Black Bulls, vice-campeã nacional, já tem garantidos os passes de Salomão e Danilo, ambos idos do Costa do Sol. Além dos dois jogadores, os “touros” estão num estado avançado de negociação com Hélder Duarte para voltar a assumir o comando técnico da equipa.

O técnico português, que no ano passado cometeu a proeza de conquistar o primeiro título da Black Bulls, tendo depois abandonado o clube para assumir as funções de treinador-adjunto no Famalicão, emblema que milita na primeira divisão portuguesa, é visto como a pessoa certa para atacar a conquista do campeonato.

Hélder Duarte vai substituir o seu compatriota Inácio Soares, jovem treinador que não renovou com os “touros”, apesar de na segunda volta ter tido uma recuperação extraordinária, forçando a decisão sobre o vencedor do Moçambola até à última jornada.

 

MUCHANGA A CAMINHO DE FERROVIÁRIO DE NAMPULA

O experiente treinador que por duas épocas orientou o Ferroviário de Lichinga, Antoninho Muchanga, pode estar a caminho do homónimo de Nampula, equipa que não chegou a nenhum consenso para a renovação de Nelson Santos.

A escolha de Muchanga pelo emblema da “capital” do Norte tem a ver com o trabalho vistoso que desenvolveu no Ferroviário de Lichinga, tendo na sua primeira temporada no comando técnico da equipa ostentando o título de equipa sensação.

Conhecedor do futebol moçambicano, Antoninho Muchanga já teve passagens pelo Maxaquene e Associação Desportiva de Vilankulo, onde também desenvolveu um trabalho assinalável. Fora a “dança” dos jogadores e treinadores, os clubes do Moçambola estão a investir no apetrechamento dos departamentos técnicos.

Nesse sentido, o Ferroviário da Beira está em negociações com Artur Faria, que deverá assumir o cargo de director-desportivo. Depois de uma época para esquecer, tendo ainda perdido a oportunidade de conquistar a Taça de Moçambique, ao perder na final diante do seu homónimo de Maputo por uma bola sem resposta, os “locomotivas” do Chiveve pretendem voltar em grande na próxima edição do Moçambola.

Os “locomotivas” da capital provincial da Beira mantém a confiança no técnico zambiano, Wedson Nyerenda, facto que se evidenciou aquando do afastamento dos seus treinadores adjuntos, no caso Valy Ramadane e Soarito.

Com o afastamento de Artur Comboio, a Associação Desportiva de Vilankulo está no mercado à procura de um novo treinador. Ainda que se feche em copas, tudo indica que o próximo técnico dos “hidrocarbonetos” será um estrangeiro, cogitando-se a possibilidade de vir a ser Nelson Santos.

O Ferroviário de Maputo, emblema que conquistou a sua sexta Taça de Moçambique, vai continuar com João Chissano, treinador que assumiu minutos após a conquista da segunda maior prova futebolística nacional que vai apetrechar o seu plantel, apostando em novos jogadores e, sobretudo, jovens. O mesmo poderá suceder com a União Desportiva do Songo, que vai continuar com o técnico sérvio Srdjan Zivojnov.

À semelhança do que aconteceu no ano passado, os “hidroeléctricos” voltarão a reforçar os seus plantéis, até porque no próximo ano vão representar o país na Liga dos Campeões Africanos, prova que exige que o clube tenha muitas opções de escolha.

Partilhe

RELACIONADAS

+ LIDAS

Siga nos