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África quer mercado de marfim

Foto: DW

Seis países da África Austral propuseram, ontem, a criação de um mercado de crédito de marfim e a venda de stocks desse produto, para angariar fundos destinados à conservação e gestão de elefantes e desenvolvimento comunitário.

Trata-se do Zimbabwe, Botsuana, Tanzânia, Namíbia, África do Sul e Zâmbia. Os seis países assumiram o compromisso numa Conferência de Conservação do Elefante Africano, na qual participaram 14 países africanos, no Zimbabwe.

No encontro, estiveram também representantes do Japão e da China, considerados mercados potenciais para o marfim. No evento não se fez referência à questão do abate de elefantes.

O mercado de crédito de marfim proposto pelos mentores da ideia seria semelhante aos créditos de carbono para arrecadar fundos com vista a gerir as manadas de elefantes e o desenvolvimento comunitário.

Os seis países da África Austral comprometeram-se, também, a gerar receita através da venda de produtos de elefantes e animais selvagens, no sentido de desenvolver um instrumento viável que permitirá vender stocks de marfim e arrecadar fundos para conservação.

O Zimbabwe, por exemplo, garante que tem mais de 130 toneladas de marfim no valor de cerca de 600 milhões de dólares, mas não pode vender por impedimento da Convenção sobre o Comércio Internacional de Espécies da Fauna e Flora Selvagens Ameaçadas de Extinção.

A proibição do comércio de marfim está em vigor desde 1989, mas o Botswana, a Zâmbia, a África do Sul e o Zimbabwe beneficiaram de vendas especiais permitidas pela CITES em 1999 e 2008.

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