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Época chuvosa em curso mas ainda não há plano de contingência

O Ministério dos Transportes e Comunicações diz que a elaboração do plano de contingência para a época chuvosa 2023/2024 está na fase final. A instituição acrescentou que não era possível produzir o documento antes do início do período. As informações foram avançadas logo depois da quarta sessão ordinária da Comissão Técnico-Científica sobre as Mudanças Climáticas, que decorreu em Maputo.

A Comissão Técnico-Científica sobre as Mudanças Climáticas esteve reunida, esta segunda-feira, na quarta sessão ordinária para debater, entre os vários assuntos, o impacto dos desastres naturais, da época chuvosa já em curso no país e a questão do aviso prévio.
O porta-voz do evento, dirigido pelo Ministro dos Transportes e Comunicações, revelou que a elaboração do plano de contingência para a época chuva 2022/2023 está já numa fase avançada.

“Penso que a instituição está a fazer um bom trabalho no sentido de ter esse plano aprovado. Claro, há outras questões que podem ser levantadas depois, como, por exemplo, sobre a mobilização de recursos para alimentar esse plano, e sabemos que a nossa situação não tem sido fácil”, revelou Genito Maúre, porta-voz da Reunião sobre Mudanças Climáticas.

E sublinhou: “O plano já está numa fase final. São recomendações pequenas que estão a ser implementadas. Acreditamos que, com os subsídios que recebe da Comissão, as próximas versões serão muito melhores do que se pode ter até agora”.

E até agora, que a época chuvosa já está em curso, ainda não existe o plano de contingência, e há uma razão para isso.

“Não podemos fazer um plano para reagir a algo que nós não sabemos onde vai acontecer. Tem de se ter em conta, por exemplo, a questão logística, sobre quantas pessoas podem ser afectadas, onde elas (as pessoas) estão, que é para se poder calcular quanto custa assistir alguém que está em qualquer canto deste país. Então, não depende só do INGD (Instituto de Gestão e Redução do Risco de Desastres) desenvolver esse plano”, explicou Genito Maúre.

O porta-voz da quarta sessão ordinária da Comissão Técnico-Científica sobre as Mudanças Climáticas acrescenta que o plano de contingência “é resultado uma reacção à uma previsão sazonal que, infelizmente, só pode ocorrer no período em que ocorre, porque há uma ciência por trás disso. Se nós emitíssemos uma previsão sazonal em Junho, claramente teríamos o cenário do que ia acontecer. Temos de ter um conforto de o quão estamos próximos da realidade”.

A sessão serviu, também, para a partilha de experiências na gestão dos desastres naturais, aviso prévio e época chuvosa com o Madagáscar.

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