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Enfermeiros da Polana Caniço querem maior valorização do seu trabalho

Os enfermeiros, afectos ao Hospital Geral da Polana Caniço, em Maputo, pedem maior valorização do seu trabalho e querem ver ultrapassadas as dificuldades relacionadas com o transporte para se deslocarem ao trabalho.

A luta pela valorização da classe ainda é constante. Iónissa da Nélia, enfermeira no Hospital Geral Polana Caniço, apelou a quem é de direito para criar a melhoria das condições de modo a garantir dignidade nos trabalhos do dia-a-dia.

Iónica da Nélia diz que uma das formas de dar dignidade ao enfermeiro é aumentar o subsídio, para melhorar as condições de quem trabalha para salvar vidas.

Emília Ubisse, enfermeira há 17 anos, trabalha no Hospital Geral Polana Caniço desde Outubro do ano passado. Foi transferida do Hospital Geral de Mavalane para reforçar o grupo que presta assistência às pessoas com COVID-19, numa altura em que a doença parecia incontrolável e o medo de ser infectado era partilhado por todos.

Na luta contra o novo Coronavírus no Hospital Geral Polana Caniço, muitas batalhas foram ganhas, mas tantas outras perdidas. Emília e Sónia ainda guardam memórias tristes do que aconteceu em Janeiro e Fevereiro deste ano, quando a pandemia se mostrava sem freios e matou muita gente.

“Não foi fácil atravessar os meses de Janeiro e Fevereiro, porque recebíamos muitos doentes e em estado grave”, disse Emília Ubisse.

“Foi um momento em que, infelizmente, perdemos muitos pacientes com COVID-19”, lembrou-se Sónia Biane, chefe da Enfermagem no Hospital Geral Polana Caniço”.

O Hospital Geral da Polana Caniço dispunha, ano passado, de 20 enfermeiros na linha da frente no combate à COVID-19 e, actulmente, o efectivo é de 80.

Os dados gerais indicam que, em 2019, um enfermeiro atendia, em média, dois mil pacientes e, em todo o país, havia cerca de 15 mil profissionais da enfermagem.

As informações foram partilhados hoje, por ocasião do Dia Internacional da Enfermagem.

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