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EN1 cortada em Nampula: obras de reposição serão concluídas em duas semanas

As obras de reposição da Estrada Nacional Número Um em Anchilo, Nampula, estão a noventa por cento de execução e prevê-se que em duas semanas a via seja aberta à circulação de viaturas. A garantia foi dada pelo ministro dos Transportes e Logística, que revelou estar em curso a aquisição de pontes metálicas para futuras situações.

Já passam mais de três semanas que a Estrada Nacional Número Um, no Posto de Controlo de Anchilo, província de Nampula, está cortada, na sequência do ciclone Jude.

Devido a esta situação, a ligação entre as províncias de Nampula, Niassa e Cabo Delgado pela EN1 está condicionada. 

No terreno, os trabalhos já estão em curso há quase um mês e o ministro dos Transportes e Logística explica as razões para tanta demora da reposição daquele troço da EN1. 

“A única secção que nós tínhamos problemas para fazer a intervenção tinha a ver com o nível das águas. Era preciso deixar a água baixar para poder avaliar o nível de intervenção que podia ser feita. Já começamos a trabalhar e estamos a fazer todo o esforço com o empreiteiro, para ver se nas próximas duas semanas conseguimos repor a via. Portanto, é um trabalho contínuo, e esperamos que a chuva não continue a cair”, assegurou o ministro dos Transportes e Logística, João Matlombe.  

Enquanto isso, João Matlombe diz que há um esforço que está a ser feito para que as províncias de Niassa e Cabo Delgado não se ressintam da falta de produtos básicos.  “Neste momento, o acesso à Niassa e Cabo Delgado através da EN1 é bastante condicionado e estamos cientes disso. É por isso que uma parte dos serviços está a ser feito via cabotagem que é para assegurar que, pelo menos, não haja falta de combustível na província de Cabo Delgado e, também, que os produtos de primeira necessidade estejam disponíveis naquele ponto do país”, referiu João Matlombe. 

O governante revelou ao “O País” que está em curso o processo de aquisição de pontes metálicas para intervenções de emergência em situações de cortes de estradas. 

“Nós estamos num processo de aquisição de pontes metálicas, que é para permitir intervenções sempre nos períodos chuvosos. Como deve imaginar, nós tivemos este ano três ciclones, o que demonstra a nossa vulnerabilidade aos eventos climáticos. O que temos que fazer, uma vez que são infraestruturas algumas já com alguns anos e não nada com a qualidade, mas sim com os eventos extremos, é criar uma capacidade para agir sempre do ponto de vista de reposição sempre que há emergências. Portanto, acreditamos que para a próxima época chuvosa, com a aquisição das pontes metálicas, teremos capacidade maior para intervir quer a nível da zona centro, quer a nível da zona norte”, avançou o governante. 

Porque o desabamento de pontes e cortes de estradas tem sido recorrente a cada época chuvosa, Matlombe afirma que o Executivo está a repensar no tipo de infra-estruturas, considerando a vulnerabilidade do país aos eventos climáticos extremos.

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