Mais de 20 autocarros da Empresa Municipal dos Transportes de Maputo, (EMTPM), estão parqueados devido a avarias, num contexto em que o transporte é deficitário na Cidade e província de Maputo.
O facto foi despoletado durante a visita do presidente do Conselho Municipal da Cidade de Maputo, Rasaque Manhique, àquela companhia dos transportes, esta sexta-feira, com o objetivo de entender a sua funcionalidade e necessidades. No local ficou evidente que a empresa tem menos de 90 autocarros em circulação e debate-se com sérios problemas de gestão de receitas e meios, o que dificulta a vida de mais de um milhão de munícipes.
Em quase todos os departamentos, Manhique constatou situações inexplicáveis ligadas à gestão de receitas e demora na reparação de avarias. Por exemplo, a máquina de ensaio para bomba injectora, adquirida em 2010 a 15 milhões de meticais, está paralisada há sete anos e a EMTPM recorre a privados para intervenções.
“Esses serviços externos acarretam custos e nós não temos dinheiro”, lamentou o edil de Maputo, que aconselhou em seguida a criação de condições para que a máquina seja reparada para permitir que a reparação de avarias seja célere.
Numa outra abordagem, Manhique demonstrou o seu aborrecimento no que toca ao sistema actual de gestão de receitas, menos claro e cheio de vícios. “Temos um cobrador que consegue meter na máquina 8 mil meticais e temos um outros que só faz 36 meticais, será que não conseguimos ter passageiros aí ao ponto deste último ter feito esse valor?” brincou e advertiu, “temos que ser rigorosos, esta empresa produz receitas, nós devemos apertar a nossa gestão, “EMTPM não pode ser vista como uma vaca onde cada um quando entende leva copo e vai tirar leite, há que disciplinas as pessoas” frisou.
Após colher sensibilidades com a direcção da empresa, o governo municipal da capital do país prometeu intervenções urgentes, ao mesmo tempo que exigiu mudanças e implementação de disciplina e comprometimento.