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EMTPM não consegue responder à demanda de passageiros

A Empresa Municipal de Transporte de Maputo precisa de 300 autocarros para poder responder à demanda de passageiros. Neste momento, a companhia opera com 65 autocarros.

O sector dos transportes é um dos mais críticos no país, em particular na área metropolitana do Grande Maputo onde os passageiros ficam muito tempo nas paragens e nos terminais à espera de embarcar nos autocarros da empresa pública.

Esta quinta-feira, os gestores da Empresa Municipal de Transporte de Maputo reuniram-se para debater a actual situação do sector, avaliar o desempenho e planificar próximas acções. Entretanto, a incapacidade da empresa ganhou maior tónica, e o presidente do Conselho de Administração da EMTPM, Lourenço Albino, sabe da situação e empurra a solução para edilidade e ao Governo central.

“Neste momento, por aquilo que temos constatado, ao nível das paragens e terminais, estamos aquém de satisfazer aquilo que é a demanda da Cidade de Maputo, porque não só é procurada pelos citadinos desta Cidade, como também por aqueles que visitam a urbe, incluindo os da região metropolitana do Grande Maputo e, por isso, para nós, ainda não estamos no nosso ponto óptimo”, reconheceu Lourenço Albino, presidente do Conselho de Administração da EMTPM.

A estratégia para atingir a eficácia é o aumento da frota a médio e longo prazos. “No nosso entender, os 65 autocarros não são suficientes para atender a todos os passageiros. Precisamos de mais 300 autocarros e, com isso, talvez seja possível a atendermos a esta demanda.”

Ainda assim, a empresa cresceu em 16%, em relação aos primeiros oitos meses do ano passado, o que significa que, de Janeiro a Agosto do ano em curso, transportou sete milhões de passageiros, tendo arrecado mais de 104,6 milhões de Meticais em receitas e espera transportar 13 milhões de passageiros até Dezembro.

“O que nós colhemos no mercado, do ponto de vista de receita, receita depende da tarifa, não corresponde àquilo que é o volume de serviços que nós prestamos, razão pela qual a receita está aquém dos custos operacionais”, referiu Albino.

Actualmente, as tarifas praticadas nos autocarros da Empresa Municipal de Transportes de Maputo são entre 12 e 15 Meticais em 36 rotas. Projecta-se, entretanto, reabrir rotas do interior dos bairros periféricos, mas ainda não há datas definidas.

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