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Luísa Diogo desafia OTM a apostar na produção e produtividade

Foto: O País

A antiga Primeira-Ministra, Luísa Diogo, desafia a OTM-Central Sindical a apostar na produção e produtividade e a qualificar os trabalhadores moçambicanos para poderem competir globalmente e a não ser só uma organização que se aproxima ao patronato para reivindicar.

A Organização dos Trabalhadores Moçambicanos (OTM), pioneira do movimento sindical no país, celebra, este ano, 45 anos da sua existência e, para assinalar a data, organizou uma mesa redonda para reflexão em volta do tema “O papel dos sindicatos num contexto de Estado moderno e do capitalismo global”.

Chamada a intervir, a antiga Primeira-Ministra destacou a formação do trabalhador moçambicano, de modo a responder às exigências cada vez mais crescentes do mercado laboral no mundo.

“A OTM-Central Sindical de hoje não é igual aos conselhos de produção, mas tem o mesmo DNA, que são a produção, a produtividade e a disciplina no trabalho. O DNA dos melhores resultados para a empresa é a defesa dos interesses dos trabalhadores dentro do contexto dos interesses das empresas e da Nação moçambicana. Não se aproximem ao patronato só para a reivindicação, porque estão a criar maior distância em vez de parceria.”

Luísa Diogo também considerou que, apesar de ser difícil, há oportunidades a serem capitalizadas, por isso o desafio lançado a esta organização para maior actuação e articulação com outros sectores interventivos no mercado laboral.

A antiga Primeira-Ministra defende que as empresas do sector privado no país devem ser capazes de criar postos de emprego e promover desenvolvimento na sociedade, colocando produtos e serviços de qualidade de modo a competir no mercado e chamou atenção à OTM Central Sindical para assumir o seu papel em defesa dos direitos laborais.

“Os nossos debates na OIT e os nossos debates sobre o conteúdo local devem ser mais abrangentes, para que os nossos trabalhadores possam fazer com que as nossas empresas sejam elegíveis a uma produção mais padronizada aos níveis requeridos internacionalmente e as empresas multinacionais a trabalharem em Moçambique. Temos que preparar, porque a OTM-Central Sindical não deve perder, nem abandonar o seu papel de participar no melhoramento da produção, produtividade e qualidade.”

A antiga Primeira-Ministra e outras personalidades foram homenageadas esta terça-feira em reconhecimento ao seu contributo na construção de Moçambique, depois da guerra dos 16 anos de governação inclusiva, bem como a edificação da OTM-Central Sindical.

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