A maior unidade sanitária da província de Inhambane estava agitada na manhã desta segunda-feira. Enquanto os profissionais de saúde que se fizeram ao posto de trabalho regressavam à casa devido à greve, os pacientes estavam entregues à própria sorte.
O jornal O País encontrou, no local, pacientes que estavam, uns sentados, outro deitados, à espera de assistência médica desde as primeiras horas.
É o caso de uma mãe que conversou com a nossa equipa de reportagem, e revelou que o seu filho padecia de dores de cabeça, mas, quando chegou ao hospital, disseram que deveria regressar no dia 09 do próximo mês, devido à falta de pessoal para o atendimento.
O laboratório do hospital esteve fechado na manhã desta segunda-feira e quem tinha análises por fazer ou resultados por levantar não tinha outra saída senão voltar para casa.
A pediatria do hospital estava quase vazia, com apenas uma médica a atender, por sinal cubana.
As enfermarias também estavam vazias, uma vez que os pacientes internados foram dispensados, ficando apenas os que estão em estado grave.
No Centro de Saúde Urbano, as pessoas eram atendidas apenas nas consultas externas, mas um serviço considerado lento.
O laboratório e a farmácia estavam fechados, como também não havia atendimento para mulheres e crianças para as vacinações e controlo de peso.
O jornal O País está, desde as primeiras horas desta segunda-feira, a tentar falar com a Direcção Provincial de Saúde para reagir em torno da situação.