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Em vista mais de 300 milhões de meticais para restaurar o mangal no país

O país vai receber quatro milhões de dólares, montante que correspondente a mais de 300 milhões meticais, para a restauração de cinco mil hectares do mangal até 2022.

Os trabalhos já iniciaram e até ao momento foi alcançado 33 por cento da meta, o correspondente a 1.700 hectares. Como é preciso fazer mais, esta segunda-feira foi assinado um memorando de entendimento entre o Instituto Nacional de Investigação Pesqueira e a Associação Eden Reforestation.

Segundo o director do Instituto Nacional de Investigação Pesqueira, Jorge Mafuca, a meta vai até 2022, mas com o acordo ora formalizado pretende-se acelerar o processo de restauração dos magais. Até ao fim deste ano, prevê-se atingir a meta de 30.000 hectares.

“A província de Maputo superou a meta dos 330 hectares previstos até 2022 e, nesta altura, está com 770 hectares de mangal restaurado. Agora estamos a avançar para o banco de Sofala, que tem vários problemas por conta das intempéries e da acção humana”, avançou Jorge Mafuca.

O dirigente explicou que mais do que reflorestar o mangal, é preciso trabalhar com os municípios e traçar acções concretas para travar o abate indiscriminado das plantas e a construção nos locais onde se encontram.

“A questão do desmatamento tem outras razões como a destruição para a produção de carvão. Então, temos que aconselhar as comunidades no sentido de acabar com o desmatamento e temos que arranjar soluções alternativas para as comunidades”, afirmou.

Para melhor gestão do mangal, Mafuca avançou que foi, recentemente, criado o grupo Nacional de Gestão de Mangal e, neste momento, finaliza-se a produção do manual de restauração do mangal. O documento servirá de guia para melhor restauração.

“Precisamos de ter conhecimento para fazer o bem, plantar o mangal” e assegurar que o mesmo sobreviva, disse para depois acrescentar que, neste momento, decorre, igualmente, a nível nacional, o mapeamento para identificação de mais locais e os reais problemas em volta do corte do mangal, para posterior intervenção.

Por seu turno, a Associação Eden Reforestation, que financia o projecto, garante que o mesmo não servirá apenas para reflorestamento, mas igualmente para empregar as populações que têm abatido os respiradores do mar.

“Temos mais de 200 pessoas a trabalharem nesse processo de reflorestamento, pois precisamos dar alguma responsabilidade a essas pessoas. Por exemplo, em Sofala, onde estamos a iniciar o nosso projecto, temos um desafio maior de os fazer deixar de abater o mangal e passar a plantar”, Hermenegildo Cuamba, director geral da Associação Eden.

Conforme explicou a fonte, nos próximos tempos, a intenção da associação é expandir os locais de acção (Maputo, Sofala e Nova Sofala) para outros pontos como Zambézia, Cabo Delgado e Inhambane.

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