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Foto: CFvM

A conquista, terça-feira, do título de campeão nacional de basquetebol sénior feminino pelo Ferroviário de Maputo foi apenas a cereja no topo do bolo. Isto porque, nas premiações individuais, o Ferroviáriko de Maputo dominou com as indicações de Sílvia Veloso (MVP), Odélia Mafanela (melhor triplista) e Anabela Cossa (melhor triplista). Iolanda Francisco (Ferroviário da Beira) foi nomeada, pelo segundo consecutivo, como melhor marcadora da competição.

Se por um lado, colectivamente, o Ferroviário de Maputo voltou à ribalta do basquetebol feminino, por outro, há assinalar o facto de as suas jogadoras terem estado em evidência nos prémios individuais da Liga Sasol de basquetebol feminino.

A começar, pois claro, pela base-armadora Sílvia Amadeu Veloso, jogadora que foi aclamada MVP da competição, em resultado da sua prestação estupenda.

A distinção de Veloso veio premiar, em primeiro lugar, uma jogadora que marca a diferença pelo que joga (a organizar o jogo ofensivo) e pelo que não deixa jogar (defende de forma estupenda) e, segundo, pela maturidade, rigor e evolução constante na quadra.

É verdade: nos sete jogos realizados pelo Ferroviário de Maputo, ainda que cada um com o seu grau de dificuldades, Sílvia Veloso foi sempre uma jogadora com notável capacidade para fazer os ataques em posição de forma pacífica, determinar a cadência e os momentos certos para fazer os passes. Não é por acaso que se destacou, ao longo da competição, no capítulo das assistências (um aspecto que deve ser mais valorizado).

Defensivamente, não hajam dúvidas, é um poço de energias e verdadeiro monstro para os seus adversários.

Com boa interpretação da pressão, rotação e ajustes, foi fundamental nos roubos de bola que anularam muitos ataques dos adversários. E esteve em plano de destaque no jogo 1 dos “play-offs” da final com 16 pontos e seis ressaltos, “targets” que se revelaram fundamentais para que o Ferroviário de Maputo se colocasse em vantagem de 1-0.

Com duas presenças em campeonatos africanos (2021, em Yaoundé, nos Camarões, e 2023, em Kigali, no Ruanda) Sílvia Veloso é um presente do futuro. Foi cinco estrelas a menina que veio da Beira para espalhar o perfume do seu basquetebol, com uma passagem pelos EUA (Seward County Community College e Cumberlands University).

Mas o Ferroviário de Maputo não se ficou por aqui nas premiações individuais. Reconhecidamente atiradora por excelência, Anabela Cossa (Tsunaminha está de volta) foi nomeada melhor triplista pelo segundo ano consecutivo na Liga Sasol. Cossa alcançou este feito depois de ter concretizado 20 triplos em sete partidas em que esteve envolvida.

Com perfil e persondalidades fortes, Cossa evidenciou-se num capítulo em que chegou mesmo a colocar África a seu pés quando foi indicada melhor ressaltadora da Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol de 2016, em Maputo, e 2018, novamente na capital do país.

Pelo meio, a nossa “menina bomba” ainda foi indicada melhor triplistas de alguns “nacionais” e distinguida em Angola pelo desempenho fabuloso no final da Taça daquele país do atlântico.

Mas mais do que ser aclamada, veio o reconhecimento pelo público do seu papel fundamental no desenvolvimneto do basquetebol moçambicano. No basquetebol interno e em África, Anabela Cossa mostrou que ainda é uma mais-valia e que pode continuar a rimar experiência com consistência nos tiros exteriores.

Nas tabelas, mandou Odélia Mafanela, poste dominou nos ressaltos ofensivos e defensivos. Com o seu poder de impulsão, Mafanela deu luta a defender e a atacar, terminando a competição com 79 ressaltos.

Venceu, com mais três ressaltos, a concorrência de Verónica Salifo do Ferroviário da Beira que também fez um bom campeonato.

Foi mais de um de vários troféus de melhor ressaltadora conquistado por Odélia Mafanela ao nível interno nos últimos anos.

A capitã da selecção nacional de basquetebol sénior feminino mostrara estoicismo em 2019, no Cairo, Egipto, quando foi distinguida como melhor ressaltadora da extinta Taça dos Clubes Campeões Africanos de Basquetebol. E, em resultado das suas exibições, constou do cinco ideal do “africano” de clubes.

Pelo segundo ano consecutivo, Iolanda Fancisco foi considerada melhor marcadora da competição com 96 pontos.

A poste do Ferroviário da Beira, com passagens pelas selecções de formação (disputou alguns africanos de sub-18 e sub-18) esteve em bom plano nesta competição.

Ano passado, com 152 pontos, Francisco destacou-se também como melhor marcadora e deixou, uma vez mais, sinais de que é uma das melhores unidades da renovada equipa do Ferroviário da Beira que, em 2018, ocupou o terceiro lugar no “nacional”.,
Em Janeiro deste ano, Iolanda Francisco, nascida a 20 de Agosto de 1998 , renovou o seu contrato com o Ferroviário da Beira por mais dois anos.

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