A dragagem permanente no canal de acesso ao Porto da Beira, com recurso a três dragas modernas, já permite a navegabilidade eficiente e segura, durante 24 horas por dia, de navios de grande porte, segundo avançou a Empresa Moçambicana de Dragagem.
O assoreamento constante do canal de acesso ao Porto da Beira, por conta dos sedimentos que ali entram, oriundos dos rios Púngue e Búzi, que desabam naquele lugar, tem obrigado a dragagem permanente do local, para garantir que o porto esteja acessível e seguro para a navegação marítima.
Caso o processo não ocorresse 24 horas por dia e de forma cada vez mais eficiente, com recursos humanos nacionais e formados em Moçambique, os navios não poderiam entrar e sair do Porto da Beira.
“O acesso está bastante bem e temos a vantagem de ter uma boa balizagem no canal. O canal da Beira é um dos mais bem balizados”, disse Domingos Bié, PCA da Emodraga.
A Empresa Moçambicana de Dragagem tem, neste momento, três dragas, e tenciona estender esse serviços para outros pontos do país, como o Porto de Maputo.
“Estamos a trabalhar para que também draguemos o Porto de Maputo. Faz parte do nosso portfólio de portos a serem dragados”, acrescentou Bié.
O PCA da Emodraga, que falava à imprensa por ocasião da celebração dos 30 anos desta empresa, mostrou-se, contudo, preocupado com a pesca nociva que ocorre no canal de acesso ao Porto da Beira. Por isso, junto de outros sectores, têm procurado formas para solucionar o problema.
“Temos tido alguns problemas de ter as alces todas encravadas por causa das redes… no canal não se devia realmente fazer prática de pesca, porque é um lugar concebido só para a navegação”, acrescentou.
Ambrósio Sitoe, SP do Ministério dos Transportes e Comunicações, disse que é importante os corredores aprimorarem a sua eficiência na plenitude, para garantir a fluidez de cargas, tendo em conta a entrada e saída neste momento de navios de grande porte no Porto da Beira.