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Governo de Inhambane agastado com ONGs inoperantes

São no total trinta e oito Organizações não-governamentais entre nacionais e estrangeiras, que operam na província de Inhambane. Destas, algumas são apontadas pelo governo da província como sendo inoperacionais. O dado foi tornado público esta terça-feira, na primeira reunião de avaliação e planificação das actividades, que juntou membros do Governo, ONGs e parceiros de cooperação. Para o governador desta província, muitos dos relatórios que tem sido apresentados pelas organizações são no seu entender, divulgações de estudos de viabilidades infindáveis.

A título de exemplo de organizações que, nada de prática tem feito, o governante falou de dois projectos que envolvem dez milhões de dólares, através do Governo Alemão e lá já vão mais de quatro anos, desde a sua concepção e que ainda se encontram em estudo de viabilidade, mas prazo está prestes a terminar.

Apesar deste descontentamento, o governador de Inhambane reconheceu algumas das ONGs, que tem envidado esforços e que trabalham incansavelmente para ajudar no desenvolvimento da província. Destas, destaque vai para as que operam nas áreas da saúde e educação.

“Na verdade, há tantas ONGs que operam na província e fazem coisas que ajudam de certa forma as nossas comunidades para o crescimento sócio-económico das mesmas em particular e do país e geral, mas existem algumas que nada de tangível tem feito. São relatórios, estudos de viabilidade que nunca acabam. Temos a PRODIA 1, que iniciou em 2014 com a o prazo de 5 anos até 2019 e até aqui nada feito ainda, alegadamente porque ainda estão na planificação e no estudo de viabilidade” disse o governante.

Ainda assim a organização em causa está com o outro projecto denominado PRODIA 2 cujo prazo está previsto para 2020, ou seja, o projecto deveria ter arrancado em 2015 mas que até ao presente momento nada está feito.

Os projectos em causa visavam a construção de infra-estruturas nos diversos municípios, onde actuam.

Por seu turno, a ONG em causa diz que a morosidade na execução dos projectos deve-se ao elevado tempo que se dedica ao estudo de viabilidade e consultorias.

“Os consultores e estudos de viabilidade levaram cerca de um ano e meio para a conclusão e daí que, poderemos, certamente próximo ano, arrancar com o projecto da PRODIA 1 e em 2020 vamos colocar em prática os projectos da PRODIA 2” garantiu Susanna Godehart da cooperação Alemã, que salientou ter feito muito nas comunidades onde estão inseridos, contudo concordam com o posicionamento do governo.

Entretanto, a Plan Internacional, em representação do fórum da educação, por sinal um dos sectores com mais actividades executadas considera como ponto fraco, a falta de planificação entre as ONGs.

“Nós estamos a caminhar a bom termo porque temo-nos encontrado e desenhamos o “modus operandi” ou seja, planificamos as actividades junto com o governo através do sector da saúde e educação, portanto, o que faz com que as ONGs não realizem suas actividades é a falta de coordenação das actividades entre as partes, porque o que se tem verificado é que algumas das ONGs trabalham de uma forma isolada, como se estivessem numa ilha” realçou Elisa Langa, em representação das organizações que operam na no fórum da educação.

Estiveram também na primeira reunião do Governo com as ONGs, líderes comunitários em representação de suas comunidades, onde as organizações operam.

 

 

 

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