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Djibuti combate Malaria com mosquitos geneticamente modificados

Foram liberados em Djibuti, um país da África Oriental, mosquitos geneticamente modificados, como forma de combate à Malaria, causada por um vector invasivo.

A iniciativa teve arranque, nesta quinta-feira, depois de, segundo dados da Organização Mundial da Saúde (OMS), os casos de Malaria, em Djibuti, terem disparado de 27, em 2012, para mais de 70 000, nos últimos anos.

O órgão de saúde atribui o aumento de casos à chegada do Anopheles stephensi , uma espécie invasora de mosquito asiático que transmite a doença mortal. Esta espécie também foi detectada na Etiópia e na Somália , vizinhos do Djibuti no Corno de África, representando uma ameaça regional significativa.

Ao contrário da maioria dos mosquitos transmissores da malária em África que se reproduzem em zonas rurais , o Anopheles Stephensi prospera em ambientes urbanos, intensificando o desafio de saúde pública no Djibuti, que é predominantemente urbano.

Gray Frandsen, CEO da empresa de biotecnologia norte-americana Oxitec, que desenvolveu os mosquitos geneticamente modificados libertados no Djibuti, disse que o mosquito Anopheles stephensi representa uma grande ameaça no combate a Malária.

“Os Anopheles stephensi escapam às ferramentas convencionais, são resistentes aos insecticidas e aos que picam durante o dia, reduzindo a eficácia dos mosquiteiros”, explicou Frandsen.

O ministro da Saúde do Djibuti, Ahmed Robleh Abdilleh, acrescentou que o seu país estava a experimentar a nova tecnologia desenvolvida pela Oxitec e acredita que poderia ser uma forma de reverter a situação de aumento de casos de malária na região.

“Estamos em fase piloto, mas acreditamos na tecnologia. Temos certeza de que será uma virada de jogo”, disse Abdilleh.

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