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Distrito de Govuro registou mais de 100 casos de cólera em dez dias

A cólera voltou a assolar a província de Inhambane, especificamente em Govuro. Em apenas 10 dias, houve o registo, naquele distrito, de mais de 100 casos da doença e 90% são pescadores de um acampamento em Ngodji, que, mesmo doentes, se recusavam a ir ao hospital.

Segundo o médico-chefe em Inhambane, tudo começou no passado dia 2 de Abril, quando, de uma só vez, foram ao centro de saúde local 17 pescadores com diarreia e vómitos, o que, depois, se veio a confirmar que se tratava de cólera.

Em seguida, as autoridades de saúde destacaram equipas para o referido acampamento, onde foram encontrados vários pacientes que, mesmo doentes, não queriam ir ao hospital. As autoridades fizeram a sensibilização e parte dos infectados aceitou ir ao hospital para receber o tratamento médico.

No entanto, nem todos assumiram estar doentes, de tal modo que houve mortes fora do hospital, de pessoas com sintomas sugestivos à cólera.

Trata-se de sete mortes registadas no centro de tratamento de cólera e outras nove na comunidade. São pessoas que tinham os sintomas sugestivos à cólera, mas as autoridades não puderam confirmar a causa da morte, uma vez que não tiveram acesso aos cadáveres para a devida análise.

Diante da situação, as autoridades não tinham outra saída senão desactivar o acampamento de pescadores e retir­á-los todos de lá, já que a água que se usava para beber e cozinhar era imprópria para o consumo humano.

A água imprópria para o consumo não era apenas no acampamento de pesca. Testes realizados indicam que quase todas as fontes da vila de Nova Mambone tinham água que não devia ser consumida por pessoa alguma.

Entretanto, as autoridades de saúde fizeram novas colectas de água para um exame minucioso, a fim de saber se, na água, há ou não a presença do vibrião colérico, causador da doença.

Neste momento, cinco pessoas estão internadas no centro de tratamento de cólera em Govuro, sendo que a última morte causada pela doença foi na última segunda-feira.

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