A Polícia sul-africana confirma que sete dos 84 suspeitos de violação de oito modelos na África do Sul são moçambicanos. Os suspeitos estiveram, hoje, no Tribunal de Krugersdorp. Entretanto, ainda não foram notificadas as autoridades moçambicanas sobre as detenções.
Oitenta e quatro homens terão violado oito das 12 mulheres que faziam parte de um elenco que se encontrava a gravar um vídeo musical na mina de Krugersdorp, na África do Sul.
De acordo com o Comissário da Polícia da África do Sul, Fred Kekana, dos suspeitos, sete são moçambicanos, quatro de Lesotho, sete zimbabwianos, um camaronês, um malawiano, entre outros. Dos violadores, dois foram mortos durante as detenções.
As autoridades sul-africanas acreditam que o crime tenha sido protagonizado por garimpeiros ilegais que têm aterrorizado a comunidade local há vários anos.
Esta segunda-feira, os indiciados foram levados à barra do Tribunal de Krugersdorp, onde a Justiça pretende apurar o seu grau de envolvimento.
Por seu turno, o ministro sul-africano da Polícia pede aos serviços forenses que trabalhem com rapidez nos testes de DNA dos suspeitos ligados ao caso de estupro colectivo em Krugersdorp, arredores de Joanesburgo.
Já o Congresso Nacional Africano (ANC), partido no poder, na província de Gauteng, diz que o crime não pode colocar em causa as boas relações entre Moçambique e África do Sul.
Segundo o porta-voz do ANC em Gauteng, Lesego Makhubela, isso “não significa que devemos agir violentamente com os nossos irmãos moçambicanos”.
Os 84 suspeitos são acusados, além da violação de mulheres, de mineração ilegal, violação da Lei de Imigração e posse de bens suspeitos de roubo.
As vítimas, no total de 22, entre homens e mulheres, foram surpreendidas, na última quinta-feira, por homens armados quando gravavam um vídeo numa mina abandonada perto da cidade de Krugersdorp.
Os malfeitores ordenaram às mulheres que deitassem e, posteriormente, violaram-nas.
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