O Fundo de Investimento e Património de Abastecimento de Água (FIPAG) está a corrigir falhas detectadas no sistema de abastecimento do precioso líquido na cidade de Pemba, inaugurado há cerca de um ano depois de obras de reabilitação e ampliação.
Segundo revelou o director do FIPAG em Pemba, Eugénio Matsinhe, “o abastecimento de água em Pemba ainda não é normal dado que estão em curso trabalhos de testagem do novo sistema, e também está em curso a correcção dos defeitos verificados durante a construção do sistema “.
Além de defeitos no sistema, o FIPAG não está a conseguir aumentar a produção de água devido à suposta redução de níveis dos lençois freáticos nas áreas onde foram abertos os furos de água.
“Actualmente temos vinte e dois furos de água que já não poroduzem muita via devido a mudanças climáticas que reduziram consideravelmente o níveis do lençol freático, estando a produzir cerca de dezoito mil metros cúbicos por dia e Por isso foi lançado um concurso para abertura de mais seis furos para aumentar a quantidade de água produzida”, anunciou Eugénio Matsinhe
Devido aos defeitos detectadas no sistema e a fraca capacidade de produção de água, o abastecimento do precioso líquido a cidade de Pemba está a ser feito de forma condicionada.
“Neste momento estamos a abastecer a água de forma escalonada por zonas ou bairros por onze horas por dia”, justificou Eugênio Matsinhe.
A população de Pemba está agastada com o FIPAG e actualmente consome água imprópria retirada de poços tradicionais.
“Em minha casa não sai água desde de Abril deste ano, mas todos meses recebo facturas. Agora bebemos água suja dos poços onde passamos quase todo dia para conseguir pelo menos uns vinte litros de água. E esse poços também estão a secar. E depois dizem que apanhamos cólera por causa da falta de higiene, enquanto o problema é mesmo a falta de água potável”, reclamou Ngamu Nfalume, residente de Pemba.
O projecto de reabilitação e ampliação do sistema de abastecimento de água de Pemba que começou em 2019 e compreendeu abertura de vinte furos de água, construção de uma nova estação de tratamento, três centros distribuidores e cerca de 170 quilómetros de rede de distribuição, previa aumentar a capacidade de produção de 10 mil para 30 mil metros cúbicos de água por dia e aumento do horário da abastecimento de 6 para 16 horas por dia, mas até hoje a cidade continua a registar uma grave crise de água potável.