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Desportivo riscado do Torneio de Abertura por não pagar cerca de 70 mil Meticais

Fotos: DTM

A equipa sénior masculino de basquetebol do Desportivo Maputo foi afastada do Torneio de Abertura, devido ao facto de não ter pago cerca de MZN 70 000 (setenta mil Meticais) referente à filiação e inscrição de jogadores na Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo (ABCM).

É um valor obrigatório para que os clubes participem nas provas, assim como contribuam para o pagamento de despesas do órgão que gere o basquetebol na capital do país, mas, curiosamente, o centenário e histórico não honrou.

Não deixa de ser curioso que o hexacampeão nacional (ndr: conquistaram a prova em 1977, 1978, 1980, 1982, 2002 e 2003) e celeiro de algumas das maiores do basquetebol moçambicano tenha sido excluído da primeira competição da temporada na capital.

A realidade, dura e crua, manda dizer que os “alvi-negros” desinvestiram, nos últimos anos, nesta modalidade e, como resultado, as suas equipas deixaram de ser temíveis e altamente competitivas.

Na maltratada quadra do pavilhão do Desportivo, já não se realizam jogos oficiais de basquetebol a bem da integridade física dos atletas!

Este ano, por exemplo, falharam o acesso à Liga Moçambicana de Basquetebol durante a “poule” de apuramento disputada em Inhambane.

Para além do Desportivo Maputo, a ABCM exclui a Universidade Pedagógica, equipa que disputou, em Abril passado, a Liga Moçambicana de Basquetebol.

Facto é que a Universidade Pedagógica tem estado a investir no basquetebol, em particular, tendo participado também nas últimas edições da Liga. Só que, em Abril, não foi competente na quadra e viu-se despromovida da Liga Moçambicana de Basquetebol ao ocupar a 4ª posição no grupo A da prova do qual ainda faziam parte Ferroviário de Maputo e Beira, e a rebelde equipa do Maxaquene.

O conjunto do “coach” Lourenço Buque perdeu cinco jogos e venceu apenas um na fase preliminar.

 

“CASO INEIDEE PÁSCOA” SOB A FMB

É um caso que está a deixar os dirigentes do Maxaquene e Costa do Sol de cabelos levantados! Em Junho, as atletas “tricolores” que se transferiram para Costa do Sol foram num processo bastante contestado. Foram utilizadas por Leonel “Mabê” Manhique num duelo com a A Politécnica, sem os respectivos cartões de licença. Atento à situação, o Maxaquene submeteu um protesto junto à Associação de Basquetebol da Cidade de Maputo pela “má qualificação das atletas”.

Analisados os factos arrolados, a ABCM averbou falta de comparência às campeãs nacionais (Costa do Sol) ao abrigo do artigo 70 do regulamento da agremiação.

“O jogador para disputar jogos oficiais ou particulares precisa de estar munido da respectiva Carteira-Licença e apenas poderá representar o clube nela indicado, pelo qual se encontra qualificado, salvo o caso previsto no artigo 44 o deste Regulamento”.

Acontece, porém, que as atletas continuam a treinar no Costa do Sol e o Maxaquene alega, outrossim, irregularidades no processo de transferência. O histórico clube e o mais titulado do país reclama uma compensação, até pelo facto de ter formado desportivamente as atletas e por estas terem representado a selecção nacional.

Ademais, o Maxaquene pagou, ao longo destes anos, as bolsas das atletas no Instituto Superior de Ciências e Tecnologia de Moçambique, pelo que pretende ser ressarcido. O “caso” está, agora, sob alçada da Federação Moçambicana de Basquetebol.

 

ZIKAI NO MAXAQUENE

Um dos destaques da promissora e incómoda equipa da A Politécnica do “coach” Carlos “Bitcho” Niquice, Edilson “Zikai” Tivane regressa à capital do país depois de ter jogado no Município da Beira, na edição última da Liga Moçambicana de Basquetebol.

Tivane, a fazer a posição 1, foi um dos jogadores com mais minutos contabilizados no conjunto beirense de Micail Takdir.

Nos “tricolors”, o base pode relançar a sua carreira que passou por alguns momentos menos bons quando se transferiu para o Ferroviário da Beira pela mão de Nasir “Nelito” Salé. De resto, com a saída deste “coach” e chegada do espanhol, Luis Lopez não conseguiu impor-se, tendo sido dispensado. Na armação do jogo do Maxaquene, terá a forte concorrência de Octávio Tchuma (melhor marcador da Liga Moçambicana de Basquetebol realizada em Abril) e dos filhos de José Geneto: Ronaldo e Rolando.

Veloz, Edilson Tivane fez parte da equipa da A Politécnica que, em 2016, ficou no terceiro lugar na Liga Moçambicana de Basquetebol após vencer o Desportivo Maputo.

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