Moçambique regista uma tendência de retrocesso do exercício da democracia, nos últimos anos, de acordo com a avaliação do índice global de democracia. O dado foi hoje apresentado pelo Instituto para Democracia Multipartidária.
De acordo com o IMD, a violência durante o processo eleitoral, falta de inclusão dos jovens, limitação do exercício dos direitos e liberdades individuais (direito a opinião, greve, por exemplo) contribuem para a avaliação negativa de Moçambique neste quesito.
Falando a jornalistas sobre a ocorrência de ilícitos eleitorais nos pleitos de 2014, 2018 e 2019, o director do IMD, Dércio Alfazema, revelou o registo de 419 ocorrências.
As províncias que mais ilícitos registaram, segundo revelou, são Nampula (76) e Zambézia (66), devido ao alto grau de competitividade e intolerância política.
Dos ilícitos registados, 52 por cento ocorreram durante o dia da votação.