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Despido Matchiki-Tchiki vai vestir-se a verde

Foto: O País

Removida relva sintética do Costa do Sol para dar lugar à montagem de uma nova, por isso os “canarinhos” vão realizar os próximos jogos do Moçambola num campo ainda por definir.

Enquanto houver vida, há esperança! O Costa do Sol, que até se deu ao luxo de abdicar das competições africanas em 2019, alegadamente porque estava a investir nas infra-estruturas e na formação, deu uma luz “verde no verde” (implantação da nova relva) e a substituição de uma relva já com 14 anos de utilização. Curioso ou não, esperou-se que houvesse um “xeque-mate” da Comissão de Licenciamento de clubes, que reprovou o recinto para acolher os jogos do Moçambola. Aliás, teoricamente, foi assim, mas, na prática, viu-se outra coisa (um campo que acolheu dois jogos do Moçambola).

Em termos práticos, permitiu-se que a relva (borracha que sobrava) continuasse a castigar os jogadores, atentando claramente a sua integridade física, situação que, nos próximos dias, poderá mudar com a colocação da nova relva importada há mais de dois anos da China, mas, por questões burocráticas (aduaneiras), acabou por chegar em Abril.

As máquinas dão, neste momento, vida a um processo que se iniciou há dias para remover a relva implantada em 2008.

“Estamos a remover esta relva para a colocação da outra”, avança João Paulo Nhabanga, secretário-geral do clube.

 

OS 45 DIAS DA VIRAGEM

Mãos à obra, máquinas a roncarem, tudo isto para uma nova viragem, que se espera que seja alcançada dentro de 30 a 45 dias.

“Este trabalho foi começado há semanas. A nossa previsão é que, dentro de 45 dias, esteja pronto. Assim, até dia 4 de Julho, o campo estará em condições de acolher jogos”, projecta animado Nhabanga, sem avançar os números envolvidos na obra.

“Neste momento, é difícil dizer qual é o valor total da obra, porque é um trabalho que está a ser feito em fases”, diz Nhabanga, sem deixar uma pista. “Até em termos de percentagem, não tenho como quantificar”, remata.

 

TRÊS PONTOS NA ROTA DO VOO CANÁRIO

Enquanto a substituição de relva decorre, o Canário terá de voar à procura de um novo aconchego e o mais provável é que Tchumene, Matola “Hanhane” e Infulene poderão ser as próximas paragens.

“Para os treinos, as nossas equipas têm recorrido ao campo de relva natural. Para os jogos oficiais, até aqui não sabemos onde é que vamos jogar, mas estamos a fazer parcerias com os clubes que têm campos”, diz João Nhabanga para depois acrescentar: “Estamos a pensar nos campos da Liga, Black Bulls e Estádio da Machava. Os próximos dias serão determinantes porque há questões financeiras por acautelar”.

A remodelação da relva faz parte de um pacote que se iniciou faz tempo nas hostes “canarinhas”. “Se for a reparar, o Costa do Sol não começou agora a requalificar as infra-estruturas. Já tivemos a Arena do basquetebol e ainda há várias coisas que serão mexidas nas nossas instalações, para que respondam às necessidades exigidas pelas autoridades desportivas nacionais e internacionais”.

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