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Panegírico aos heróis do boxe

Foto: O País

A delegação moçambicana que esteve na 22ª edição dos Jogos da Commonwealth já se encontra no país. No evento, Moçambique conquistou três medalhas, duas de prata e uma de bronze, na modalidade de boxe.

Deixaram a sua marca no velho continente. Duas medalhas de prata e uma de bronze, feito alcançado pelos pugilistas Tiago Muxanga, Rady Gramane e Alcinda Panguane, é tudo quanto uma nação pode ter, por essas alturas, como motivo de orgulho.

O boxe moçambicano já é uma referência obrigatória no contexto do desporto mundial. Motivos há até de sobra, pois Moçambique tem, nos últimos anos, marcado presença em grandes eventos, nos quais, mais do que participar, os pugilistas têm deixado a sua última gota de suor defendendo a honra de uma nação com uma medalha.

Assim foi no mundial da modalidade há três meses, competição na qual as pugilistas Alcinda Panguane e Rady Gramane trouxeram na bagagem duas medalhas, uma de prata e outra de bronze.

E porque na vida não há meras coincidências, as duas atletas voltam, desta vez nos Jogos da Commonwealth, a mostrar que o trabalho duro sempre compensa.

Mais duas medalhas. Da cidade de Birmingham, Tiago Muxanga lançou um aviso à nação. Irredutível e sereno, o pugilista moçambicano, de 21 anos de idade, foi uma figura de relevo neste evento, “despachando” os seus adversários por 5-0.

“Apesar de ter ganhado a medalha de prata, sinto que tenho muitos aspectos por melhorar”, diz Rady Gramane. Alcinda Panguane considera que poderia ter feito melhor, pelo que acha que a sua prestação não é o que augurava.

“Estou com as expectativas defraudadas, pois não consegui alcançar os meus objectivos que passavam por, pelo menos, trazer uma medalha de prata”, explica.

PRATA, BRONZE E A MELHORIA DAS MARCAS

Moçambique fez-se representar na 22ª edição dos Jogos da Commonwealth, não só pela modalidade de boxe, mas também pelo atletismo e natação. Nas duas modalidades, o país foi representado por atletas principiantes, no que diz respeito à presença em eventos desta magnitude.

Todavia, mais do que buscar experiências, os atletas moçambicanos deram tudo de si para que conseguissem uma medalha, algo que não aconteceu. Ainda assim, conseguiram melhorar as suas marcas, facto que constitui um bom sinal para eles.

Ancha Mandlate, na modalidade de atletismo, deixou uma mensagem ao país, melhorando as suas marcas. É, por isso, uma atleta a ter em conta para os próximos anos.

Apesar de reconhecer que Moçambique teve a sua melhor participação nos Jogos da Commonwealth, o secretário de Estado do Desporto, Gilberto Mendes, diz que é necessário que o país não perca o foco. Por isso, segundo ele, tem de se pensar, a partir de já, nos próximos eventos internacionais, tendo como foco os jogos olímpicos.

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