Mais 400 ex-combatentes da Renamo foram desmobilizados e uma base foi encerrada, hoje, no distrito de Montepuez, província de Cabo Delgado. No total, foram desmobilizados setenta e sete por cento dos ex-guerrilheiros, e faltam três bases por serem encerradas, das 16 previstas.
O processo de Desarmamento, Desmobilização e Reintegração, DDR, dos ex-guerrilheiros da Renamo registou mais um avanço esta quarta-feira.
Mais de 400 ex-combatentes foram desmobilizados, em Montepuez, na província de Cabo Delgado.
O número de homens e mulheres que abandonaram a vida militar ultrapassa os quatro mil em todo o país.
Foi ainda encerrada mais uma base militar, subindo para 13 das 16 previstas.
De acordo com o enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique, Mirko Manzoni, 77 por cento dos mais de cinco mil guerrilheiros da Renamo já foram reintegrados na sociedade.
“Ao aproximarmo-nos da conclusão da fase de desarmamento e desmobilização da implementação do Acordo de Maputo de Paz e Reconciliação Nacional, temos de prosseguir com os nossos esforços para apoiar a reintegração”, diz o Presidente do Grupo de Contacto, em comunicado enviado ao “O País”.
O enviado Pessoal do Secretário-Geral das Nações Unidas para Moçambique refere, por outro lado, que a paz traz benefícios a todos no país: “A paz em Moçambique traz benefícios a todos os sectores da sociedade, e todas as partes interessadas podem contribuir para a inclusão da paz. O apoio às necessidades de reintegração a longo prazo destas mulheres e destes homens historicamente marginalizados no espírito da construção de uma paz inclusiva é fundamental para consolidar a paz definitiva e a reconciliação nacional”, observou.
O processo do DDR é implementado no âmbito do Acordo de Paz e Reconciliação Nacional, assinado há três anos em Maputo.