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Desde 2023 que deslocados em Nampula não recebem assistência 

Os deslocados acolhidos em Nampula em 2020 não recebem assistência humanitária desde Dezembro de 2023. Muitos estão com dificuldades para sobreviver, incluíndo pessoas com  deficiência. A Fundação Aga Khan está com um projecto de inserção social dos deslocados.

É o maior centro de deslocados internos aberto na província de Nampula em Novembro de 2020. Está localizado no posto administrativo de Corrane, distrito de Meconta e cinco anos depois ainda acolhe pessoas com dificuldades de lidar com as memórias do passado.

Em Dezembro de 2023, o Instituto Nacional de Gestão de Desastres (INGD) parou de dar assistência alimentar, depois da saída do Programa Mundial de Alimentação, que apoiava o Governo de Moçambique com uma cesta básica para assistir os deslocados. 

Neste momento, muitos deslocados enfrentam a fome, visto que, quando foram atribuídos os terrenos habitacionais, receberam promessas de um hectar e meio para a produção agrícola, mas os espaços foram tomados pelos nativos. 

Entre os deslocados, há pessoas com limitações físicas e visuais que travam diariamente a luta pela sobrevivência. O senhor Martins tem 72 anos, deficiente visual, e é um homem polígamo que gere uma família cmposta por 10 pessoas.

Com 11 anos, Dalton é um adolescente que tem a sua vida marcada pela deficiência física. Nasceu assim e é nesta condição que fugiu do terrorismo no distrito de Muidumbe em 2022, juntamente com a mãe, sua irmã e o seu irmãozinho.

Neste contexto, a Fundação Aga Khan tem um projecto de coesão social e reinserção dos deslocados que tem uma componente de retorno seguro para aqueles que pretendem voltar às zonas de origem.

Em Nampula está a começar, mas em Cabo Delgado e no Niassa a experiência já começou a dar resultados.

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