Chegou ao fim o reinado de Deolinda Carmen Ngulela no Costa do Sol. Ngulela já não é treinadora das vice-campeãs nacionais, confirmou fonte do clube ao “O País”.
A não conquista este ano do campeonato nacional de basquetebol sénior feminino e a Engen Maputo Basket, provas nas quais o Costa do Sol perdeu na final com o Ferroviário de Maputo, pesaram para a não “renovação” com a antiga estrela da selecção nacional.
Contratada em 2015 por Amosse Chicualacuala, então presidente do Costa do Sol, Deolinda Ngulela chegou com o estatuto de treinadora-jogadora. Com a antiga capitã da selecção nacional, chegaram atletas como Deolinda Gimo, Ilda Chambe, Cátia Alar, Filomena Micato, Eduarda Chongo, Elisabeth Pereira e Valerdina Manhonga, algumas delas campeãs africanas pelo Desportivo de Maputo.
Com uma equipa formada por atletas experientes, havia expectativa do Costa do Sol colocar-se entre os três primeiros classificados. Aliás, foi esse o desafio colocado na altura pelo clube que celebrava 60 anos de existência.
Tal como referiu Amosse Chicualacuala, a prioridade para esta época é ver o Costa do Sol entre os primeiros três classificados das competições nacionais.
O Costa do Sol foi a final, deu luta mas viria a perder com o Ferroviário de Maputo por seis pontos: 57-51. Este foi o primeiro de cinco títulos consecutivos. Nesta competição, realizada em Maputo, a A Politécnica viria a terminar na terceira posição ao bater o Ferroviário da Beira, por 53-44.
No ano seguinte, ou seja em 2016, as “canarinhas” falharam novamente a conquista do título ao perderem na final com o Ferroviário de Maputo por 2-1 num “play-off” à melhor de três jogos.
A 28 de Junho de 2016, no pavilhão do Maxaquene, venceu o Ferroviário de Maputo por 54-45, com o resultado de 27-20 ao intervalo.
No jogo 2, dia seguinte, as “locomotivas” empataram a série e forçaram à decisão do título à negra ao vencerem por 60-49.
Já no dia 30 de Junho, o conjunto orientado por Leonel “Mabê” Manhique derrotou o Costa do Sol de Deolinda Ngulela por 55-47.
Como “coach” do Costa do Sol, Deolinda Nguelela levou a equipa à conquista em Março de 2017 da Taça Maputo, tendo para o efeito vencido o Ferroviário de Maputo por treze pontos, 60 – 47.
Havia, por isso, enormes expectativas em relação a prestação das “canarinhas” na Engen Maputo Basket, campeonato da cidade, e “nacional”.
Voltou a ser mais forte o Ferroviário de Maputo que, primeiro, conquistou a Engen Maputo Basket. Depois, no campeonato nacional, as “locomotivas” até sentiram algumas dificuldades mas acabaram vencendo por 2-0 num “play-off” a melhor de três jogos.
No jogo 1, disputado a 7 de Julho no pavilhão do Desportivo Maputo, o Ferroviário de Maputo venceu por um ponto: 54-53, com 28-23 ao intervalo.
Já no dia seguinte, num jogo emocionante e decidido nos instantes finais, o Ferroviário de Maputo voltou a vencer, desta feita por 76-75.
Em 2018, numa temporada para esquecer, o Costa do Sol nem sequer chegou a final. Nas meias-finais, a equipa de Deolinda Ngulela perdeu com o Ferroviário das Mahotas por 49-39.
Este ano, o Costa do Sol caiu novamente aos pés do Ferroviário de Maputo na final. No jogo 1, o Ferroviário de Maputo venceu por 20 pontos: 60-40. Já no jogo 2, realizado a 29 de Junho, no pavilhão do Maxaquene, o Costa do Sol não teve argumentos para travar as “locomotivas” que venceram por 59-42.
Na Engen Maputo Basket, o Ferroviário de Maputo foi igualmente mais forte, vencendo por 2-0 o “play-off” a melhor de 3 jogos.
Aquando da contratação de Ngulela, o Costa do Sol definirá também a aposta em valores da casa e continuo rejuvenescimento da equipa.
“Estamos perante um projecto de médio a longo prazo. O plantel será continuamente rejuvenescido. Da mesma forma que este elenco está a continuar programas anteriores, acreditamos que as direcções futuras não vão abandonar este projecto e como clube pretendemos investir também noutras modalidades, como é o caso do andebol”, disse na altura Amosse Chicualacuala.