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Não é como começa, é como acaba… mas para o Benfica acabou como começou

Não foi pela honra, nem sequer pelos milhões. O Benfica despediu-se da Liga dos Campeões da mesma forma que começou – sem qualquer ponto somado – e só se pode culpar a si mesmo. Seis derrotas em outros tantos jogos, apenas um golo marcado e 14 sofridos, num grupo composto por Manchester United, CSKA e Basileia, fazem da campanha dos ‘encarnados’ a pior de sempre por parte de uma equipa portuguesa na prova. Para trás fica a marca do Sporting de 2000/01, que tinha saído da prova com apenas dois pontos.

E nem a motivação de querer mostrar serviço por parte dos jogadores menos utilizados contribuiu para travar um Basileia muito menos letal que no 5-0 na Suíça, ainda assim, eficaz o suficiente para ter feito dois golos das poucas oportunidades que dispôs. A equipa de Raphael Wicky chegou à Luz com a lição bem estudada, fez o que lhe competia, e assim garantiu a presença nos oitavos de final.

Mudam-se as peças, mantêm-se as (poucas) ideias
Um dia antes do encontro com o Basileia, Rui Vitória dizia o seguinte, a propósito da intenção de dar minutos a jogadores que têm estado na sombra: “O que pode acrescentar este jogo é a continuidade do que temos vindo a fazer e, ao mesmo tempo, mudar algumas peças, mas as ideias irão lá estar. Dá também sinal de que não temos só onze jogadores, temos um plantel de qualidade para dar resposta para o que quisermos.” Rui Vitória cumpriu e mudou as peças do jogo em todos os sectores: na baliza, Svilar entrou para o lugar de Varela; Douglas e Eliseu renderam, respectivamente, André Almeida e Grimaldo; Lisandro substituiu Luisão (manteve-se Jardel); Samaris e João Carvalho entraram para os lugares de Fejsa e Krovinovic (manteve-se Pizzi); e Zivkovic, Diogo Gonçalves e Seferovic ocuparam as posições de Salvio, Cervi e Jonas.

De tanta rotação, apenas dois nomes sobreviveram, face ao último encontro com o FC Porto. E, de facto, as ideias estiveram lá, ou a falta delas. Tal como nos outros cinco jogos, o conjunto ‘encarnado’ foi parco em soluções ofensivas, jogando quase sempre a um ritmo médio baixo.

Para agravar ainda mais este cenário, o Basileia apresentava-se com três centrais (cinco defesas no total) e só teve de esperar pelo primeiro golo, que surgiu logo aos seis minutos, para recuar as suas linhas, apostando no contra-ataque.

Rui Vitória reconhece descalabro
O treinador encarnado, Rui Vitória, reconhece que a equipa nunca esteve bem na Liga dos Campeões europeus e assume que agora é tempo de virar a página e concentra-se no campeonato. “A tristeza é sempre muito grande quando não se ganha. Queríamos que corresse bem, mas entrámos numa espiral negativa, com uma série de situações anormais na Liga dos Campeões e isso manteve-se nos jogos todos.

Não se viu muita diferença em relação às outras equipas, mas nós não materializámos, não ganhámos. Agora é virar a página e pensar no próximo jogo, já no sábado, frente ao Estoril”.

 

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