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A cantora e compositora Assa Matusse é uma das convidadas à vigésima segunda edição do Sauti za Busara Festival, em Zanzibar. O evento vai durar três: 14, 15 e 16 de Fevereiro de 2025

2025 mal começou e Assa Matusse já tem concertos agendados. Entre 14 e 16 de deste ano, a autora de “Mutchangana” vai actuar num dos mais sonoros eventos musicais realizados em África, Sauti za Busara Festival, em Zanzibar, Tanzania.

 Em princípio, Assa Matusse será a única representante de Moçambique, num festival que vai contar com artistas de pelo menos 12 proveniências, por exemplo, Thandiswa (África do Sul), Blinky Bill (Quénia), Frida Amani (Tanzania), Mumba Yachi (Congo/ Zâmbia), Boukuru (Ruanda), WD Abo (Sudão), Étinsel Maloya (Ilha Reunião), B. Junior (Mayotte) e Charles Obina (Uganda). 

Reagindo ao convite de participar no Sauti za Busara Festival, Assa Matusse confessou que se encontra animada, especialmente nesta época em que os moçambicanos enfrentam um momento muito particular da sua história, com vítimas mortais do terrorismo e da crise política que mancha a democratica no país. Por isso mesmo, “Para mim, partilhar as minhas músicas é um símbolo de esperança por dias melhores”, afirmou a cantora moçambicana, agora residente em França. 

No Sauti za Busara Festival, “a menina do bairro” pretende demonstrar que é uma artista que, através da música, representa a sua gente, sem que isso comprometa o carácter universal da sua composição e dos seus ritmos. Assa aprecia a ideia de as suas criações ultrapassarem fronteiras, até porque a artista acredita que nasceu para lutar por uma causa que se concretiza, naturalmente, com a música. 

De igual modo, no Sauti za Busara Festival, Assa Matusse espera conectar-se com as pessoas e vibrar com elas. Quer espalhar o seu perfume musical e, claro, ouvir velhas e novas tendências musicais mundiais. “Mal posso esperar por esse encontro [com os músicos e com o público em geral], gracejou Assa Matusse. 

SOBRE O FESTIVAL

Sauti za Busara é tido como o principal festival de música da África Oriental, realizado anualmente em Fevereiro, na histórica Cidade de Pedra de Zanzibar, Tanzânia. Celebrado por sua atmosfera vibrante e programação musical diversificada, em 21 edições, o festival contou com mais de 460 bandas de mais de 60 países, abrangendo géneros como Taarab Tradicional, Jazz, Bongo Fleva, Kidumbaki, Afrobeats, Singeli, Música Urbana, AfroFusion, Spoken Word to Reggae, Hip-Hop, Electrónica e, claro, Marrabenta.  

Sauti za Busara está a ultrapassar as barreiras da música tradicional e contemporânea, dando uma plataforma aos talentos mais promissores do continente africano e da sua diáspora, ao mesmo tempo que espalha mensagens positivas para a mudança social pacífica. Mais de 360.000 pessoas participaram do festival desde a sua criação em 2004. Uma dessas pessoas é o músico Stewart Sukuma, que actuou em 2024.

Na vigésima segunda edição do Sauti za Busara, Assa Matusse terá a oportunidade de interpretar temas dos seus dois álbuns, “+ Eu” e, sobretudo, “Mutchangana”. 

 

O Ministério da Cultura e Turismo promoveu, sábado, a segunda edição do prémio das Indústrias Culturais e Criativas. O Jornalista da STV, José dos Remédios, é um dos 10 laureados, na categoria de Jornalismo Cultural, e cada um dos reconhecidos leva consigo 120 mil meticais.

A cerimónia de anúncio e entrega dos prémios das indústrias culturais e criativas teve lugar no Centro Cultural Moçambique-China, na Cidade de Maputo. A ministra do pelouro do turismo e cultura acredita que este reconhecimento sirva como um estímulo aos fazedores e promotores das artes, dado o contributo que eles têm dado para a divulgação da cultura moçambicana, dentro e fora do país.

“Este evento representa um momento de reconhecimento e celebração de todos que têm dedicado as suas vidas ao desenvolvimento cultural e artístico de Moçambique. O mesmo acontece num momento em que encerramos um ciclo de governação e, por isso, tem ainda um significado muito especial para nós. O nosso governo reconhece as indústrias culturais e criativas, como a força da nossa cultura, a criatividade do nosso povo e vê nesta iniciativa mais um mecanismos para homenagear os talentos que se têm destacado e os que já se afirmaram nos diferentes domínios do sector”, disse Eldevina Materula, ministra da cultura e turismo. 

A iniciativa comporta 10 categorias, dentre as quais Teatro, Música, Dança, Artes Plásticas, Cinema e Audiovisual, Gestão Cultural, Moda e Literatura. O Jornalista do Grupo Soico, José dos Remédios, venceu a categoria de Jornalismo Cultural.

“Eu estou no jornalismo há 10 anos e a 12 no ensaio, o que tenho tentado fazer, ao longo desse tempo todo, é promover a arte moçambicana, nas suas mais variadas disciplinas. Nós nunca estamos à espera de um prémio, quando realizamos um trabalho, porque eu considero o jornalismo e o jornalismo cultural, em particular, uma espécie de doação para os outros. Não é um trabalho para mim, em particular, mas uma doação de mim para os artistas, para os artistas e para a cultura”, disse José dos Remédios. 

Mário Macilau, vencedor da Categoria de fotografia, destaca a importância do prémio para a valorização dos artistas nacionais. “O prémio, para mim como artista, ajuda muito a estimular a minha esperança e a desenvolver mais as minhas ideias de criação de plataformas e de colaboração com os outros artistas”, disse. 

As demais categorias, cujos fazedores e promotores foram laureados, o destaque vai para o músico Twenty Fingers, premiado na categoria de Música, Paulo Chibanga, na categoria de Gestor Cultural, o grupo Mutumbela Gogo, que levou o prémio Carreira e Editora Ethale, reconhecida com o prémio Literatura.

Por: Bena Filipe

Começo por felicitar as demais entidades internacionais e nacionais que trabalham na prevenção e combate da VBG (Violência Baseada no Género).

SADC define como todos actos perprertados contra mulheres, homens, rapazes, raparigas, em virtude do seu sexo, acrescento os de sexo indefinido, os vulneráveis. Realçar que causam ou podem causar danos físicos, sexuais, psicológicos emocionais ou económicos. E defende que a VBG abrange violência doméstica, assédio sexual no local de trabalho, abuso sexual e emocional, e reitero as várias formas de tráfico de seres humanos.

Em vários países, cerca de 1/3 das mulheres, tentava obter separação ao serem assassinadas, especialmente nos três meses que antecederam o crime (Dobash et al 2004). Hoje em dia, temos mulheres a assassinarem os seus parceiros, como exaustão ou defesa própria, busca de lucro fácil.

Em consequência, o resultado da violência contra a mulher e a criança, de Janeiro a Dezembro de 2022, foram atendidos 5.583 casos cíveis ao nível nacional, no Gabinete de Atendimento à Família e Menor Vítima de Violência e cuja a tipologia era: falta de assistência alimentar ao filho, falta de assistência alimentar ao cônjuge, impugnação de paternidade, regulação do exercício do poder parental, abandono do lar, abandono do menor, reconhecimento da união de facto, separação litigiosa, separação por mútuo consenso, divórcio, divisão de bens (retirado do Observatório de mulheres).

A preocupação exposta pelo IPAJ, no manual/brochura de diagnóstico de necessidades dos Serviços de Violência Baseada no Género (VBG), na cidade de Maputo, na página 30, admite a falta de meios económicos por parte dos perpetradores, e interroga ainda em que medida as custas judiciais podem beneficiar as vítimas? Por exemplo, a construção de abrigos para atender a falta de Centros de Trânsitos.

Ao debruçar sobre as consequências, está lá a mulher e o menor. Entendo que o menor (crianças e adolescentes), que estão nas manifestações, talvez tenham em falta muitas necessidades ou não. Porquê nos centros urbanos não temos a mesma situação? Será que a violência política-social escolhe os alvos? A vulnerabilidade faz do menor presa fácil.

Sinto um diluir das campanhas e apelos, contra todo tipo de violência, porque os outros serviços/pacotes de resposta são inexistentes, e ou sobrecarregados para a demanda, mas não desaconselho, sou a favor de priorizar acções, como a educação, recordando que existe a Carta Africana dos Direitos e bem-estar da Criança, que recita que a criança, tendo em conta a sua maturidade física e mental, precisa de segurança e cuidados especiais.

Outro Instrumento é: A Convenção da União Africana Sobre o Fim da Violência Contra Mulheres e Meninas. Portanto, não tenhamos dúvidas que por causa da aclamada situação, os menores e as mulheres que já estavam numa situação vulnerável, terão a sua vulnerabilidade acrescida, na pior das hipóteses, dependendo do desfecho do actual cenário social violento, e o juízo crítico da próxima sociedade, nação, que terá a dura missão de tratar a saúde mental, reduzir o acesso à droga e ao álcool, a promiscuidade, sim.

Uma rapariga de 12 anos precisa de implante? Sim, porque o fabricante quer o seu uso, mas 12 anos… Devia concentrar-se na escola, esta corre muitos riscos de não fazer a 10a classe. A educação e os valores morais estão a falhar muito. Reforço o apelo à empatia, coragem, determinação, não à violência contra qualquer indivíduo, independentemente do status, género definido ou não, função/ocupação, idade, religião, etnia.

 

 

O Governo de Moçambique compromete-se a imortalizar o artista plástico Noel Langa, através da preservação das suas obras, para as gerações vindouras. A ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, disse, hoje, durante o velório de Noel Langa, que o artista representou a moçambicanidade dentro e fora do país.

Foi velado, nesta segunda-feira, o artista plástico Noel Langa, no Município de Maputo. No evento, que contou com a presença de várias personalidades, Eldevina Materula elogiou o percurso artístico de Langa. 

“Noel Langa nasceu já artista ao distinguir-se como único que tinha a pintura como um hobby ou um entretenimento, no seio dos meninos da sua geração, que preferiam o desporto, em Manjacaze, sua terra natal. Não podíamos estar mais de acordo com ele, pois sendo a mãe uma talentosa ceramista, inspirou o filho a desenvolver potencialidades que o tornaram um verdadeiro artista versátil”, disse Materula.

A ministra da cultura e turismo acrescenta ainda que Noel Langa permitiu, através da sua obra, valorizar as artes plásticas, “ao acreditar que o seu talento é uma habilidade, um activo para a vida, mas também um activo para a preservação da cultura e do património cultural moçambicano”.

“A criatividade e inovação únicas de Noel Langa permitiram-no combinar a sabedoria das histórias e os contos do Karingana wa karingana a volta da fogueira com a pintura, produzindo, desta maneira, quadros que representavam as transformações sociais, que registavam o nosso solo pátrio e, ao mesmo tempo, propondo soluções para um Moçambique próspero”, acrescentou.

Por isso, reconhecendo o percurso artístico de Noel e a importância da preservação da sua obra, o Governo moçambicano assumiu o compromisso de preservar o legado de Noel Langa.

“Para a comunidade do Bairro Indígena,  o Governo reconhece a responsabilidade que recai sobre vós, neste processo necessário, para perpetuar a vida e obra de Noel Langa, nas nossas crianças e nas gerações vindouras. À família, o Governo expressa as mais sentidas condolências e manifesta o compromisso de, no abrigo do quadro legal existente, preservar a obra do artista Noel Langa, para imortalizar a sua vida”, afirmou a ministra da Cultura e Turismo. 

A ministra recordou que Noel Langa representou a moçambicanidade dentro e fora do país, através das suas obras, que representavam o país. 

Noel Langa faleceu, quinta-feira, 12 de Dezembro, vítima de doença, no Hospital Central de Maputo (HCM) 

 

 

Morreu, ontem, aos 86 anos, o artista plástico Noel Langa, vítima de doença, no Hospital Central de Maputo (HCM). Através da sua rede social Facebook, o Presidente da República endereçou os pêsames à família do finado e a toda classe artística.

“Foi com profundo pesar e consternação que tomei conhecimento do desaparecimento físico do Mestre Noel, com mais de 50 anos de carreira. O grande artista Noel, dedicou a sua vida às artes e cultura, tendo retratado as suas vivências, experiências e a história de Moçambique na sua tela, por via do seu pincel, com inconfundíveis cores  ricas e vibrantes”, lê-se na mensagem do Presidente da República, publicada na manhã de hoje.

Filipe Nyusi diz ainda que Noel Langa “elevou o bom  nome de Moçambique além fronteiras, sendo, sem dúvida, uma das referências das artes plásticas no nosso País, um verdadeiro Património Nacional”. Por esta razão, a morte do artista “abre um vazio irreparável na nossa Cultura e desafia à nova geração de artistas para o seu preenchimento”, escreveu.

Noel Langa nasceu há 81 anos, no distrito de Manjacaze, em Gaza. Da mãe, aprendeu a apreciar a cerâmica, ainda na tenra idade. Novo veio à então Lourenço Marques, onde se afirmou como um símbolo do bairro Indígena, agora bairro da Munhuana, no subúrbio de Maputo.

Ao longo de várias décadas, Noel Langa pintou vidas, lugares e toda uma visão sobre a sua gente e a forma como compreende Moçambique

 

A Fundação Calouste Gulbenkian, de Portugal, abriu candidaturas para um estágio presencial de quatro meses no Centro de Arte Moderna da própria instituição. Os interessados podem concorrer ate 10 de Janeiro de 2025

O objetivo dos estágios, segundo a organização, é contribuir para a capacitação e desenvolvimento de competências de profissionais dos PALOP, promovendo a reflexão e a prática curatorial no campo das artes visuais contemporâneas e proporcionar uma experiência prática em curadoria, permitindo o acompanhamento de todas as etapas envolvidas na concepção e organização de exposições, bem como de actividades educativas.

A iniciativa vai permitir ainda o fomento da internacionalização dos curadores dos PALOP, integrando-os num ambiente institucional de referência como o Centro de Arte Moderna (CAM) da Fundação Calouste Gulbenkian.

Em termos de elegibilidade, podem candidatar-se ao presente concurso profissionais nacionais e residentes em Angola, Cabo Verde, Guiné-Bissau, Moçambique ou São Tomé e Príncipe; terem entre 25 e 40 anos de idade; possuírem experiência ou apetência pela pesquisa e prática curatorial no campo das artes visuais contemporâneas, em áreas como artes visuais, história de arte, estudos culturais, teorias das artes, museologia ou produção e gestão cultural; os candidatos com dupla nacionalidade deverão candidatar-se com a nacionalidade do país de residência. A nacionalidade indicada deverá ser a mesma utilizada noutras candidaturas aos apoios da Fundação Calouste Gulbenkian.

Para admissão, será dada preferência aos candidatos que tenham concluído a primeira ou segunda edição do curso de curadoria de exposições, promovido pela Fundação Calouste Gulbenkian, em parceria com a Escola das Artes da Universidade Católica Portuguesa.

As candidaturas devem ser obrigatoriamente submetidas através do formulário online, conforme regulamento disponibilizado pela Calouste Gulbenkian, ate 10 de Janeiro de 2025.

Para efeitos de submissão, os candidatos deverão fornecer os seguintes documentos: formulário de candidatura devidamente preenchido, currículo actualizado, com a descrição da experiência e formação relevante no campo da curadoria de exposições e artes visuais contemporâneas, quaisquer outros documentos ou informações solicitadas pela Fundação Calouste Gulbenkian para a avaliação da candidatura.

Os candidatos seleccionados beneficiarão de uma bolsa mensal no valor de 1.300€ (mil e trezentos euros), durante os quatro meses do estágio, para cobrir despesas relacionadas com a sua estadia em Lisboa.

A Fundação Calouste Gulbenkian providenciará um seguro de viagem e de acidentes pessoais durante o período do estágio. Caso os candidatos seleccionados se desloquem a Portugal sem notificar atempadamente a Fundação, por forma a providenciar os seguros referidos no número anterior, essa deslocação será feita sob sua inteira responsabilidade, não assumindo a Fundação Calouste Gulbenkian qualquer responsabilidade até à assinatura do contrato de estágio e de atribuição da bolsa.

 

O Prémio Oceanos de 2024 foi atribuído, a título póstumo, ao português Nuno Júdice, que faleceu em Março deste ano, e à brasileira Micheliny Verunschk. Alvaro Fausto Taruma foi um dos 10 finalistas 

No Observador, pode-se ler os livros “Uma colheita de silêncios”, de Nuno Júdice, e “Caminhando com os mortos”, de Micheliny Verunschk, venceram, esta quinta-feira, o Oceanos — Prémio de Literatura em Língua Portuguesa, que, organizado anualmente no Brasil, distingue obras escritas em língua portuguesa, publicadas em qualquer país do mundo.

O ultimo livro de poemas publicado em vida, “Uma colheita de silêncios”, trata do mundo em volta, multiplicando referências históricas, de arte e literatura, para abordar esses “silêncios” vindos da passagem do tempo, e que são tudo ou quase tudo.

“Na cerimónia, Manuel da Costa Pinto, curador do Oceanos para o Brasil, homenageou o autor português lembrando que ‘Nuno Júdice via a finitude com melancolia, mas, para o poeta, a poesia podia transcender esse limite, como deixou eternizado nesses versos’”, pode-se ler no Observador.

O poeta, ficcionista, tradutor e dramaturgo, Nuno Júdice, deixou uma obra literária com perto de 80 títulos, que se estendem ao conto, ao romance e ao ensaio.

Já a romancista brasileira, Micheliny Verunschk, presente no anúncio dos vencedores desta edição do Oceanos, afirmou que a distinção é individual, mas também “um prémio da língua portuguesa”.

“Dessa língua que é tão bela, tão pungente, tão forte. E, num mundo em ruínas como o nosso, a gente ter a arte, a palavra, a literatura como guia é, talvez, penso, não sei, um farol para uma reconstrução ou de um novo mundo ou um apocalipse que nos seja educativo”, completou, segundo o Observador.

O livro “Caminhando com os mortos” retrata um crime que choca os moradores de uma pequena cidade no interior do Brasil. Uma mulher é queimada viva, num ritual motivado por razões religiosas, a fim de purificar a vítima e endireitá-la para o “caminho do bem”.

Nesta edição do Oceanos, o poeta Álvaro Fausto Taruma foi um dos finalistas, com o livro “Criação do fogo”. 

 

As candidaturas para a segunda edição do Fundo de Financiamento à Actividade Audiovisual e Cinematográfica (CONFIAAC), lançada em Outubro deste ano, pela Ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, estão abertas.

O fundo em causa visa incentivar o desenvolvimento do talento e da criatividade audiovisual e cinematográfica nacional, sector que tem atraído bastante mão de obra juvenil, principalmente nos principais centros urbanos, transformando-se, deste modo, numa potência para a geração de emprego e de renda.

Para a organização, são elegíveis a concorrerem ao financiamento todos os jovens cineastas, realizadores e produtores.

Para a segunda edição estão disponíveis seis milhões e quinhentos mil meticais (6.500.000,00mt), valor que abrange todo país.

O concurso pretende apoiar e financiar a produção cinematográfica com enfoque nos novos talentos e primeiras obras, produção de vídeo-clipes musicais, distribuição e exibição de obras audiovisuais e cinematográficas.

O financiamento da produção de vídeo-clipes, a distribuição e a exibição constituem categorias de inovação nesta segunda edição, já que a primeira dição esteve essencialmente focada na produção.

Para o presente concurso, serão apoiadas as seguintes modalidades: Produção:
quatro projectos de ficção de curta-metragem, que tenham no mínimo cinco minutos e máximo 12 minutos, sendo cada um no valor de até 600.000,00 Mts (seiscentos Mil Meticais); dois projectos de documentário que tenham no mínimo 15 minutos e máximo 30 minutos, sendo cada um no valor de até 650 000 Mts (seiscentos e cinquenta mil meticais); quatro projectos de produção de vídeo-clipes, sendo cada um no valor de até 200.000,00 Mts (duzentos mil meticais). Distribuição: dois projectos de distribuição de obras audiovisuais e cinematográficas, sendo cada um no valor de até 500.000,00Mts (quinhentos mil meticais) por cada projecto. Exibição: dois projectos de apetrechamento, reabilitação e adaptação de edifícios para exibição de obras audiovisuais e cinematográficas, sendo cada um no valor de até 500.000,00 Mt (quinhentos mil meticais).

Nas modalidades a financiamento para esta edição, destaca-se, com particular enfoque, a distribuição, a qual representa o elemento-chave na criação de mercados para a produção audiovisual e cinematográfica nacional.

Com a modalidade, espera-se receber e financiar projectos que possam garantir que a activação desta etapa importante da cadeia de valor da indústria audiovisual e cinematográfica, garantindo que as obras possam circular e serem acedidas pelo público nacional e internacional, quer em forma de exibição em salas de cinema, ou ainda pela televisão, ou ainda em casa por meio de plataformas de streamings.

A produção audiovisual e cinematográfica tem sido um sector de atracção de mão de obra juvenil, principalmente nos principais centros urbanos, transformando-se numa potência para a geração de emprego e de renda. É por essa razão que a quando do lançamento desta edição, a Ministra da Cultura e Turismo, Eldevina Materula, encorajou a todos intervenientes do sector educativo a abrir janelas de formação especializada nesta matéria, pois irá representar oportunidades de profissionalização. “Engajamos a todos empreendedores do sector de formação na área cultural e criativa a investir na formação certificada de jovens nas áreas audiovisual e cinematográfica”.

Materula afirmou que o governo está empenhado na criação de condições para melhoria do ambiente de produção audiovisual e cinematográfica nacional, permitindo que este sector possa contribuir para uma rápida geração de postos de trabalho e de renda.

O financiamento é iniciativa do Ministério da Cultura e Turismo, através do Instituto Nacional das Indústrias Culturais e Criativas(INICC).

Os interessados podem obter o formulário acessando um link disponibilizado pelo Ministério da Cultura e Turismo, até 17 de Janeiro próximo.

 

Às 17 horas desta quinta-feira, na Livraria Fundza, Cidade da Beira, o Padre Timothée Bationo Mafr vai lançar o seu livro “O caminho da liderança e do triunfo na vida”.

O livro, de 73 páginas, é composto por quatro secções, que, inspiradas nos pensamentos do escritor Robin Sharma e na história de vida do próprio autor, mostram os caminhos que levam o ser humano a tornar-se um bom líder e a triunfar em sua vida. 

“O presente livro é fruto de leitura constante de livros deste grande mentor americano e frutos de êxitos por nós conquistados”, afirma Pe. Timothée Bationo Mafr.

Na sua produção, “o texto foi trabalhado de tal forma que o autor se encontra facilitado, tanto na leitura e na apreensão dos conteúdos, bem como na descontracção activa que o próprio texto sugere, ao alternar a matéria com as histórias, parte delas adquiridas com base nas narrações de Gilson Souza ”, explica o autor.

“‘O caminho da liderança e do triunfo na vida alterna ensinamentos com histórias que ajudam o leitor a visualizar a forma pela qual as nossas decisões e atitudes influenciam no rumo das nossas vidas”, avança a nota de imprensa da Editorial Fundza, que chancela o livro.

Timothée Bationo, sacerdote dos Missionários de África, nasceu em 1971, em Burkina Faso.

Formado em Filosofia e Teologia, fez o Noviciado na Zâmbia e estágio pastoral em Moçambique, onde foi ordenado em 2004. Exerceu funções como Superior dos Missionários de África, Vigário Episcopal e co-fundador do Mojocas. Actualmente, dirige o Centro de Formação de Nazaré, dedicando-se à formação espiritual, catequese e promoção vocacional, contribuindo significativamente para as comunidades que serve.

 

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