O País – A verdade como notícia

Desde partidos políticos, governantes até agremiações empresariais, as reacções ao assassinato de Elvino Dias e Paulo Guambe têm duas mensagens principais: condenação e exigência de investigação séria e sem respostas banais.

A Frelimo pede as autoridades façam de tudo para esclarecer o assassinato do advogado Elvino Dias e do mandatario do PODEMOS, Paulo Guambe. O partido no poder usou de um comunicado de imprensa para se posicionar e fê-lo nos seguintes termos: “A Frelimo repudia veementemente este acto macabro e exorta todas as autoridades que façam de tudo ao seu alcance para clarificar este caso”.

Membro do mesmo partido e secretário de Estado do Ensino Técnico-Profissional, Mety Gondola, escreveu um texto e divulgou-o nas redes sociais, advogando que nem diferenças políticas, nem diferenças passionais devem justificar assassinatos bárbaros.

“Episódios de género devem parar, não podemos olhar, não podemos simplesmente calar e achar normal. Hoje foi Elvino Dias, hoje foi Paulo Guambe, amanhã será qualquer um de nós (…)”.

O antigo secretário-geral da OJM, braço juvenil da Frelimo e também antigo secretário de Estado na província de Nampula é contra respostas banais, por isso disse no seu texto: “Hoje, vou-me juntar aos que pedem que os que estão à frente da investigação sejam sérios e comprometidos com o país. Não me vou deixar instrumentalizar e buscar respostas banais que não constroem o país que desejo para nós, para os meus filhos, filhos deste país”.

É um desafio reiterado pela Associação Moçambicana de Economistas, que, à semelhança dos raptos, diz que este tipo de crime pode afectar o ambiente de negócios.

“O assassinato destas duas figuras políticas vem engrossar a extensa lista de crimes violentos que assolam o nosso país, com especial enfoque para os raptos, facto que põe em causa os esforços das acções visando a melhoria do ambiente de negócios.”

Colegas do advogado Elvino Dias, na máquina de administração de justiça, os juízes dos tribunais administrativos, falam de um golpe ao Sistema de Justiça, por isso censuram “todos os actos de violência com vista a intimidar e silenciar os actores do Sistema de Administração de Justiça, almejando que actuem e trabalhem livres de todos e quaisquer expedientes de intimidação à classe de profissionais do direito”, lê-se no documento.

Catorze obras de artistas plásticos moçambicanos estão expostas, desde ontem, no Centro Cultural Franco-Moçambicano. As obras fazem parte do acervo de arte do Millennium Bim. 

Entre cores e formas… É a pluralidade de vozes, tirada do acervo de arte do Millennium Bim. 

“Nós temos várias obras connosco, desde que iniciámos a  actividade bancária, há cerca de 29 anos. Calhou que nesta altura, tomamos esta decisão de partilhar com a comunidade as obras que temos, apresentar as obras a comunidade, valorizando os artistas, que, naturalmente, procuram todos os dias, pôr em prática as suas ideias, que partilham, verdadeiramente, com a sociedade”, disse Moisés Jorge, PCA do Millennium Bim. 

São 14 obras de 11 artistas, grande parte já falecidos. É a forma que o Bim encontrou para homenageá-los, segundo Moisés Jorge. 

“Isso também representa uma homenagem que nós fazemos ao Doutor Mário Machungo, que foi impulsionador desta aquisição destas obras, mas também ao engenheiro Fonseca. Foram dois homens, que, ao longo desses anos todos, não investiram, mas também fizeram questão que, em algum momento, pudéssemos partilhar estas obras com a sociedade”, explicou 

Com curadoria de Jorge Dias, as obras dos anos 60 ou pouco antes transmitem  construção de novos valores culturais, na transição do modernismo europeu para o africano.  

No lançamento da exposição, não só o  público esteve presente, mas também aqueles que pegaram nos pincéis, para retratar em quadro os seus pensamentos. Aqueles cujas obras representam sua passagem pelo mundo dos vivos tiveram lá seus familiares para os representarem. 

“Meu pai sempre tentou transmitir uma mensagem de amor em tudo que ele fazia”, disse Laisse Mulungo, filha de Samate Mulungo. 

Esta é a primeira edição e a exposição poderá ser visitada até ao fim do mês. 

O artista plástico Butcheca inaugurou, esta quarta-feira, a sua mais recente exposição individual. Intitulada “Abraçar o caos”, a mostra pode ser visitada até 16 de Novembro, no Camões, Cidade de Maputo.

A noite fresca de quarta-feira foi uma excelente oportunidade para artistas, curadores, professores, diplomatas e apreciadores de diferentes expressões culturais juntarem-se na sala de exposições do Camões – Centro Cultural Português em Maputo. Logo à entrada, uma azáfama.

Por todo o lado, viam-se interessados em apreciar as telas Butcheca, não obstante o espaço diminuto para o efeito, devido à adesão do público.

Bem antes de a sessão (formal) de inauguração se iniciar, amigos que não se viam há muito tempo aproveitaram a ocasião para abraçar o caos de Butcheca, entre sorrisos e muita interpretação. Também por isso, os discursos tardaram a iniciar-se. Afinal, a todo o instante, as pessoas não paravam de chegar. No entanto, bem perto das 19 horas, a conversa entre os visitantes da nova individual do artista plástico foi adiada para mais tarde, pois o embaixador de Portugal em Moçambique, António Costa Moura, tomou o microfone para partilhar com os convidados o que a mostra naquela sala do Camões significa para si.

Em primeiro lugar, António Costa Moura sublinhou que a arte não reconhece fronteiras. Pelo contrário, é das coisas que mais aproximam as pessoas, independentemente do lugar onde se encontram. E sugeriu mais, uma individual como “Abraçar o caos”, de Butcheca, tem um papel fundamental no desenvolvimento social, até porque estimula a criatividade e a empatia. Por isso, o Camões apoia a arte por também encontrar nessa manifestação uma forma de desenvolver o Homem ao nível intelectual e emocional.

Para o embaixador de Portugal em Moçambique, Butcheca é um artista cuja obra facilmente atrai os apreciadores de arte, porque a sua pintura é cativante e provoca emoções que só a arte de grandes artistas é capaz.

Na sua breve intervenção, Butcheca explicou que “Abraçar o caos” é uma exposição que resulta de inquietações constantes. Há 14 anos que o artista projectou fazer uma exposição do género. No entanto, só quando, ano passado, recebeu uma visita, no seu atelier, em KaTembe, do embaixador de Portugal em Moçambique, do então conselheiro cultural João Pignatelli e do antigo Ministro das Finanças de Portugal é que se fez luz. Nessa visita, Butcheca foi convidado a expor no Camões e o artista aproveitou a proposta para recuperar uma ideia de exposição antiga.

Sem facilidades, o artista começou a trabalhar na individual este ano, esmerando-se em apresentar propostas diferentes ao público que, esta quarta-feira, encheu a sala de exposições do Camões.

Quem também interveio na sessão de inauguração foi o professor universitário Régio Conrado, para quem a obra de Butcheca se destaca em termos filosóficos e com as máscaras como importantes elementos de representação. Segundo disse, o artista é disruptivo e consegue estimular as pessoas a questionarem sobre o sentido do Homem com os problemas do seu tempo.

“Abraçar o caos”, de Butcheca, pode ser visitada até 16 de Novembro, de segunda a sábado, entre as 10h e as 17h.

Às 16 horas desta quinta-feira, no Instituto Guimarães Rosa, Cidade de Maputo, será lançado o projecto musical (EP) “Sonhos entre muros”.

Essencialmente, trata-se de um projecto desenvolvido pela ArtMud em colaboração com o produtor musical Aleixo Ibrahimo, envolvendo as internas (reclusas) do Estabelecimento Penitenciário Especial para Mulheres de Ndlavela, na Matola, Província de Maputo.

Com a inicitiva discográfica, a organização pretende, principalmente, promover a reabilitação e reinserção social das internas de Ndlavela através da arte, estimulando o desenvolvimento de uma consciência saudável no seio da mulher durante a sua reclusão e no período pós-reclusão.

Em termos de impacto, as entidades envolvidas, ArtMud, Serviço Nacional Penitenciário (SERNAP), Ibra Imagem e Porto de Maputo, acreditam que a iniciativa poderá trazer ganhos significativos na medida em que impulsionará a descoberta de talentos no interior dos estabelecimentos penitenciários. Portanto, a organização espera contribuir significativamente no processo de reabilitação e reinserção social das mesmas.

“Sonhos entre muros” é um projecto discográfico constituido por cinco composições, interpretadas por cinco internas. No local do lançamento do EP, disse a artista plástica da Bena Filipe, da ArtMud, haverá actuações das cinco internas cantoras e mais três convidadas que já cumpriram a pena. Igualmente, foi convidado a fazer parte do lançamento do EP, com uma actuação, o grupo coral da Universidade Eduardo Mondlane.

As músicas de “Sonhos entre muros” versam sobre louvor a Deus, amor, arrependimento e saudade.

Num registo “reggae fusion”, as músicas do projecto foram prduzidas em meio ano, sempre em Moçambique.

No Instituto Guimarães Rosa, esta quinta-feira, o disco “Sonhos entre muros” estará à venda para quem quiser e puder comprar. O valor das vendas do CD, entretanto, será alocado ao Estabelecimento Penitenciário Especial para Mulheres de Ndlavela, de modo a favorecer a realização de mais actividades artísticas e de inserção das internas que encontram na arte uma forma de se expressar.

A escritora Moçambicana, Paulina Chiziane, está na Polónia onde vai inaugurar uma cátedra construída em sua homenagem e que, naturalmente, carrega o seu nome. A homenagem decorre em reconhecimento do seu contributo à Literatura Lusófona.

A primeira mulher moçambicana a publicar um romance. Paulina Chiziane tem sido uma voz poderosa, contando histórias profundamente enraizadas na cultura, tradição e realidades sociais de Moçambique. Agora será também conhecida como a primeira mulher moçambicana a ter uma cátedra com o seu nome na Polônia.

A criação da cátedra em seu nome, em Varsóvia, é um reconhecimento à contribuição para a literatura lusófona.

 Esta distinção oferece um espaço para a pesquisa académica sobre suas obras e a análise da sua influência na Literatura de Língua Portuguesa. Um marco inédito que não só celebra sua notável carreira literária, mas também posiciona a Literatura Africana em novos palcos internacionais.

Chiziane regressou, esta semana, ao país europeu, onde ainda este ano esteve a dirigir palestras numa universidade.

Este evento não apenas eleva Paulina Chiziane a um patamar singular, mas também abre portas para que a rica tapeçaria da cultura africana seja estudada e valorizada em um contexto europeu.

A edição deste ano da Feira do Livro de Maputo, que vai decorrer de 24 a 26 deste mês, no Jardim Tunduro e em vários espaços culturais da Cidade de Maputo, vai contar com escritores, ilustradores, educadores, artistas visuais e pesquisadores. Entre os convidados, contam-se 20 autores brasileiros. Para Juci Reis, idealizadora e curadora da Comitiva Bahia na Feira do Livro de Maputo 2024, com a vinda dos 20 autores baianos, está em causa a promoção da sua circulação “nas áreas de literatura e bibliodiversidade”.

Segundo disse Juci Reis, a participação da Comitiva Bahia na Feira do Livro é uma resposta às acções continuadas da bibliodiversidade no Brasil, à cadeia produtiva do livro, que possibilita a democratização da informação e garante a representatividade, neste caso, autoras negras baianas. Também é indicador de como a produção literária, no contexto raça e género, estão à margem de alguns dos imperativos sociais, especialmente, o racismo estrutural. Logo, acrescentou, a circulação de autoras negras baianas significa resistência, para promover produções independentes e o reconhecimento de novas produções da literatura feita na Bahia, em suas mais variadas formas e expressões e o seu valor para a construção de relações com a literatura africana.

Com a participação na Feira do Livro de Maputo, a Comitiva Bahia espera ter um intercâmbio positivo para a construção de relações literárias, como também o reconhecimento das  novas produções da literatura feita na Bahia. De igual modo, a Comitiva Bahia espera que as autoras baianas possam dialogar com a cena contemporânea de literatura em Moçambique e fazer trocas significativas com o público leitor, especialmente promover o discurso sobre bibliodiversidade potencializando temáticas até pouco tempo atrás inusuais na ficção brasileira.

Juci Reis é cofundadora da Harmonipan e Flotar, 2010 (Brasil/México). Colabora com projectos de gestão cultural nos Institutos Guimarães Rosa da Embaixada do Brasil em Cabo Verde, Angola, São Tomé e Príncipe e Moçambique. Actualmente é Consultora de Inteligência de Mercado do Sector Editorial do MICBR (OEI) e curadora convidada do MMAC (Morelense), Museu de Arte Contemporânea do México 2023/2024.

Quanto a Flotar, é uma plataforma curatorial que foi criada com o objectivo de promover o diálogo internacional entre as diferentes disciplinas da arte contemporânea, bem como criar relações entre artistas e gestores do campo cultural. Nos últimos 13, realizou mais de 800 projectos, de forma construtiva, quase todos numa esfera de autogestão e circuitos colaborativos, o que inclui desenvolvimento de projectos artísticos e educativos em mais de 10 países, geridos de forma associativa entre artistas e instituições, entre as quais programas em Moçambique, Angola, São Tomé e Príncipe, Japão, Estados Unidos, Canadá, Portugal, Polónia, Noruega, Brasil e México.

A oitava edição do Festival Maputo Fast Forward (MFF) arranca sexta-feira e vai decorrer até 26 de Outubro, tendo como espaço principal a JFS Tower, um edifício da baixa da cidade que será transformado num centro de ideias, criatividade e inovação.

De acordo com uma nota de imprensa, o tema do festival é “Corpos hiperligados: propostas para o pós-Antropoceno”, e vai compreender uma conferência na qual personalidades nacionais e estrangeiras vão reflectir. Ao todo, serão no total cinco conversas que vão procurar incorporar perspectivas decoloniais, pan-africanas e feministas da temática principal, designadamente: Abertura: Como escutar o planeta?, Corpo planeta: Do extractivimo à regeneração, Copo social – democracia em reinvenção, Corpo humano – ser em tempos digitais e Corpo tempo – memórias e sonhos.

A “conferência surge como um espaço para sonhar, reimaginar e propor outras formas de relação com o Planeta e entre todos os que o co-habitam, em resposta às múltiplas crises planetárias que marcam a actual Era do Antropoceno. Apesar da nossa curta presença na Terra, o impacto que já deixamos é profundo e com marcas devastadoras, que nos colocam diante da necessidade de conceber outras formas de ser e estar para co-criar futuros ecologicamente saudáveis e socialmente e economicamente justos”, avança a organização em comunicado de imprensa.

Para a edição deste ano, entre os oradores estão o pesquisador de história e política, Achille Mbembe (Camarões), a escritora e ecofeminista Patrícia McFadden (Eswatini), o professor de Teorias e Literaturas Pós-Decoloniais Rolando Vásquez (México), a activista e contadora de histórias Eliana N’Zualo (Moçambique), o antropólogo e escritor Ruy Llera Blanes (Espanha), a activista por justiça ambiental Anabela Lemos (Moçambique), a ecóloga Elisângela Rassul (Moçambique), o antropólogo Aristide Bitouga (Camarões), especialista em paz e segurança e género Kamina Diallo (Senegal), politóloga Marie Boka (Costa de Marfim), o coreógrafo Cebolenkosi Zuma (África do Sul), o actor Yuck Miranda (Moçambique), realizadora e educadora Maria Askew (Inglaterra/Guiné Equatorial), a advogada dos direitos humanos Anyieth D’Awol (Sudão do Sul).

As sessões serão moderadas por Professora Isabel Casimirio, Pesquisador e etnomusicólogo Marilio Wane, Antropóloga Kátia Taela, Especialista em Governação e Direitos das Mulheres, Fidélia Chemane, e jornalista cultural Benilde Matsinhe.

O MFF é um festival criado em 2016, bienal, composto por vários eventos temáticos organizados em torno de um tema central e uma conferência internacional.
Organizado pelo 16Neto, o festival procura estimular o ecossistema de inovação de Moçambique através de conferências, exposições, concertos, publicações, networking, pesquisas, workshops, masterclasses e residências. Ligando o local ao global e vice-versa.

Às 18 horas de quarta-feira, o artista plástico Butcheca vai inaugurar, no Camões – Centro Cultural Português em Maputo, a exposição “Abraçar o caos”. Trata-se da 15ª mostra individual do artista, que reúne obras inéditas criadas durante o ano que decorre, e conta com a participação especial do escritor Mia Couto.
Butcheca é um dos principais nomes das actuais artes plásticas moçambicanas. O artista trabalha há cerca de três décadas no domínio da pintura, tendo vindo a reflectir sobre vários temas da actualidade que o inquietam.

“’O que parece ser uma luta interna pessoal transforma-se na evocação de uma reflexão mais universal sobre a condição humana, na busca de clareza e de resposta às mais diversas interrogações sobre o sentido das coisas.’ É através da figuração pouco realista que Butcheca procura responder às inquietações que o assombram no quotidiano, numa busca quase sistemática, abrangente e exaustiva da sua essência”, lê-se na nota de imprensa do Camões.

A exposição fica patente no Camões até 16 de Novembro.

SOBRE O ARTISTA:

Moisés Ernesto Matsinhe Mafuiane, Butcheca (1978, Maputo), começou a pintar no início dos anos 90. Tornou-se membro do Núcleo de Arte em 1997. Desde 2001, realizou 15 exposições individuais, em Moçambique, Portugal e Japão, e participou em inúmeras colectivas, em Moçambique e no estrangeiro.

O artista beneficiou do programa Moving Africa, do Goethe Institut, para a visita e participação das actividades da Bienal de Arte Contemporânea Dak’Art, 2014. Participou da exposição colectiva African Identities – Chapter III, no âmbito do AKKA Project, Veneza, Itália.

O seu trabalho foi apresentado em várias plataformas digitais, tais como ARCO E-xhibitions 2021 – ÁFRICA EM FOCO, FNB Art Joburg Experience 2020 e ARCO Lisboa 2020 online/Artsy. Pintou murais em Moçambique e Portugal.

O seu trabalho está representado, em diversas colecções públicas e privadas, em Moçambique e no estrangeiro. Prémio Melhor Futuro (Hollard Seguros), no âmbito da Exposição Colecção Crescente 2020, Kulungwana (Maputo, Moçambique). É vencedor do concurso para a criação da identidade visual do Festival Sukiyaki Meets the World 2014, Nanto City, Toyama, Japão.

Das suas mais recentes exposições, destaca-se “A dança das sombras”, no Camões – CCP (2022), “Vim para contar uma história” (2023), no Centro Cultural Franco-Moçambicano, ambas em Maputo, Moçambique, e a exposição de inauguração da Galeria Manoevre, na Ilha de Luanda, Angola (2024).

 

A Feira do Livro de Maputo, que se realiza no Jardim Tunduru e no Paços do Município, a partir do dia 24 do corrente mês, traz vários convidados estrangeiros, nomeadamente, o especialista em indústrias culturais e criativas francês,  Naïl Muniglia, a escritora e jornalista portuguesa, Ana Bárbara Pedrosa e a brasileira Jessika Oliveira

Para a edição deste ano, em homenagem aos escritores e jornalistas moçambicanos, João Albasini e Nelson Saúte, que acontece de 24 a 26 de Outubro, em Maputo, está confirmada a presença de 50 convidados, entre escritores, pesquisadores, artistas plásticos, jornalistas, actores, cineastas, músico e editores de quatro países que vão, novamente, poder partilhar os seus livros, leituras, experiências e ideias com o público, que também regressa ao Jardim Tunduru, palco central do certame desde primeira edição.

Entre os convidados estão autores nacionais e estrangeiros, como Eduardo Quive, Énia Lipanga,  Naïl Muniglia, Mélio Tinga, Elcídio Bila, Ana Bárbara Pedrosa, Lucílio Manjate, Maya Ângela Macuácua, José dos Remédios, Adijane Ribeiro, Ananda Santana, Cissa Dias,  Eliane Oliveira, Sara Jona Laisse, Álvaro Carmo Vaz,  Fátima Santana, Helena Nascimento, Ivanildes Moura, Jessika Oliveira, Katarine Maria, Katiane Gomes, Ladjane Alves, Lucrécia Paco, Laiana Alves, Guilherme Mussane, Laurita de Sousa, Lorena Ribeiro, Luma Flores, Luzitânia Silva, Manoela Barbosa, Marcos Cajé, Mileide Souza, Nathalia Ribeiro, Rafael Rocha, Félix Mambucho, Juci Reis e Angelina Chavango, vindos de países como Moçambique, Portugal, Brasil e França.

A sessão de abertura, que acontecerá no dia 24 de Outubro, tem como convidado central o Embaixador do Brasil em Moçambique, Ademar Seabra da Cruz Júnior, enquanto a professora e pesquisadora, Sara Jona Laisse, fará uma palestra subordinada ao tema  Nelson Saúte e a literatura contemporânea moçambicana e o escritor Juvenal Bucuane prestará atenção especial ao patrono do evento, com uma comunicação intitulada A retórica de João Albasini. Serão também conhecidos os vencedores dos Concursos Literários de Conto e Poesia nas escolas secundárias 

Além do livro e da leitura, como focos centrais da Feira do Livro de Maputo, o certame contempla, também, várias iniciativas culturais, dedicadas ao teatro, cinema, dança,  música e pintura, nomeadamente uma apresentação da banda da Escola Nacional de Música, do compositor D’Manhiça e sua banda, bem como oficinas de pintura.

A edição deste ano conta com o patrocínio do BCI, Águas da Namaacha, Fundo de Cultura, Governo do Estado da Bahia, EDM, Embaixada da Espanha em Moçambique, Instituto Guimarães Rosa e Flotar-Harmonipan.

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