Cuba começou a retirada de médicos do Brasil, depois das declarações do presidente eleito do Brasil, Jair Bolsonaro. Segundo a agência de notícias Reuters, o líder da extrema-direita, questionou as qualificações dos médicos, e acusou o governo comunista de Cuba de manter 75% do seu salário e se recusar a deixar suas famílias se juntarem a eles.
"Eu nunca vi uma autoridade no Brasil dizer que foi assistida por um médico cubano. Será que nós devemos destinar aos mais pobres profissionais, entre aspas, sem qualquer garantia? Isso é injusto. Isso é desumano", questionou Bolsonaro.
Os primeiros 196 médicos, dos cerca de 8.000 médicos cubanos que trabalham em áreas pobres e remotas do Brasil, já foram recebidos em Havana pelo vice-ministro da Saúde de Cuba. E o governo brasileiro já vai selecionar médicos locais para substituir os cubanos que partem no final deste mês.
No entanto, a saúde é a exportação mais lucrativa de Cuba. O programa de ajuda "Mais Médicos" opera em 67 países e faz da ilha USD 11 bilhões por ano.
Até 2016, os profissionais cubanos estavam em 24 países da América Latina e do Caribe; 27 da África subsahariana, inclusive em Moçambique; dois do Oriente Médio e da África setentrional; sete da Ásia Oriental e do Pacífico, além da Rússia e Portugal.