A CTA diz que o registo de falhas no sistema dos bancos comerciais está a criar prejuízos aos empresários dentro e fora do país. A agremiação defende o uso do sistema anterior, enquanto se buscam melhores soluções.
O projecto que se espera modernizar o sistema de pagamentos e transações financeiras está praticamente a fazer o contrário. As reclamações ligadas a diferentes transações financeiras continuam e a situação está a prejudicar ainda mais a economia do país.
“De modo particular, do tecido empresarial que lida com público, usando POS, são os que mais sofrem tendo a sua facturação diária comprometida. Estima-se que mais de 17 milhões de contas enfrentam esses problemas. Por exemplo, se cada uma das pessoas pretender usar, no mínimo, 200 meticais para comprar algo, a economia perde cerca de 3.3 ,milhões de meticais, sobretudo, no período do final do mês”, avançou Paulo Oliveira, presidente do pelouro das TIC´S na Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA).
O sector privado, através da Confederação das Associações Económicas de Moçambique, manifestou, esta quinta-feira, a sua indignação e fala de grandes prejuízos.
“A SIMO rede tem a obrigação de ter um nível de serviço inferior aos 30 dias para fazer as devoluções. Nós temos conhecimento de que há pedidos superiores a 90 dias na rede SIMO, o nível de serviços está a ficar degradado, os bancos comerciais também têm o nível de serviços degradado”, disse Miguel Joia, membro do Pelouro das Finanças na CTA.
Recentemente, o governador do Banco de Moçambique, Rogério Zandamela, admitiu as falhas e atirou a culpa aos bancos comerciais que, na sua opinião, não acompanharam a mudança. Para o sector privado essa justificação não tem fundamento.
A Confederação das Associações Económicas de Moçambique exige ainda um posicionamento do Banco Central face ao problema que cresce a cada dia.