O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) apelou, hoje, a intervenção do Presidente da República para desbloquear os entraves para a exportação do bóer, relacionado com a emissão do certificado fitossanitário.
Há meses que os empresários queixam-se de barreiras para exportar o feijão bóer para Índia e, desta vez, Agostinho Vuma alerta que as exportações de produtos agrícolas podem reduzir em 20% este ano.
Vuma, que falava na abertura do Economic Briefing da CTA, avança que o feijão bóer tem ainda o problema de quotas de exportação para os empresários, o que pode fazer com que armazéns fiquem com produto ade interno, acumulando, por isso, prejuízos.
A CTA entende que o bloqueia da exportação do feijão bóer prejudica a economia dada a sua ligação com os agricultores familiares e intermediários de compra e venda do produto.
Neste capítulo, o alerta é de que este bloqueio pode prejudicar a exportação da casatanha de caju, na medida em que os armazéns que conservam estes produtos antes da exportação são os mesmos. “Apelamos que este problema seja resolvido”, avançou Vuma.
Por outro lado, a CTA queixa-se da introdução da taxa do Certificado de Avaliação de Conformidade dos produtos importados, através da Interrek, que está a criar custos adicionais para os empresários com impactos na economia.
“A taxa do Certificado de Avaliação de Conformidade é em muitos momentos uma espécie de pauta aduaneira paralela. Pedimos para que o Governo veja com atenção esta questão”, disse Vuma.
Quanto ao Índice de Robustez Empresarial, a CTA conclui que houve uma subida de um ponto percentual (pp) de 28% para 29%, como reflexo dos constrangimentos que a economia e as empresas estão enfrentar em consequência da conjuntura internacional e interna adversa.