O País – A verdade como notícia

Subiu para 10.437 o número de pessoas recuperadas do novo Coronavírus no país, com o registo de mais 436 pacientes livres da infecção, nas últimas 24 horas. Segundo o Ministério da Saúde, 432 são moçambicanos e quatro estrangeiros.

Maior número de recuperados é da cidade de Maputo, com 372; província de Gaza com 28; Manica com 19; da província do Niassa com 14 e Inhambane com três.

81.7% dos pacientes infectados pelo novo Coronavírus em Moçambique, num total de 12.777, já estão recuperados.

Mais 252 pessoas testaram positivo à COVID-19 em 24 horas. Destes, 237 são moçambicanos, seis estrangeiros e nove de “nacionalidade não especificada” e o caso está a ser investigado, conforme refere o Ministério da Saúde.

Dos 12.777 casos positivos no país, 12.473 são de transmissão local e 304 importados.

Em Moçambique, 56 pacientes, num cumulativo de 460, continuam acamados nos centros de internamento e em alguns hospitais do país.

O país mantém 91 mortes por COVID-19 e outras 2.245 pessoas continuam infectadas.

Quarenta mil máscaras cirúrgicas foram oferecidas ao Instituto Nacional de Petróleo (INP), pela Agência de Petróleos da China, para reforço das acções de prevenção e combate à pandemia da COVID-19.

Segundo a China National Petroleum Corporation (CNPC), a o apoio à instituição homóloga de Moçambique foi movida pelo “sentimento de solidariedade e amor ao povo moçambicano”, que desde Março passado é assolado pela COVID-19.

A doação feita pela “gigante” detentora de algumas participações nos grandes projectos de gás natural em Moçambique ocorre num momento em que os casos da COVID-19 se multiplicam no país. Até esta quarta-feira foram registados 12.415 casos positivos, dos quais 9.785 recuperados.

Liu Xiaoguang, conselheiro para Assuntos Económicos e Comerciais da embaixada da China em Moçambique, assegurou, durante a entrega das máscaras, que o governo chinês vai continuar a cumprir com a recomendação sobre a solidariedade proferida pelo presidente Xi Jinping, aquando da realização da cimeira China-África.

O diplomata reiterou ainda que o seu país vai continuar a apoiar Moçambique nos diversos âmbitos e, em particular, na potenciação do sector de hidrocarbonetos.

Na ocasião, O INP, representado pelo seu PCA, Carlos Zacarias, agradeceu a Sun Zhihua, director-geral da Agência de Petróleos da China em Moçambique, e a Liu Xiaoguang, da embaixada da China, pelas máscaras. Disse que o equipamento de protecção será destinado aos profissionais do INP mais expostos à COVID-19.

Refira-se que a CNPC é a terceira maior empresa de petróleos do mundo e lidera a indústria deste ramo na China.

A firma possui activos e interesses de petróleo e gás em mais de 30 países. Em 2013, a CNPC adquiriu uma participação indirecta de 20% na Área 4 de Moçambique (contrato de concessão de exploração e produção) e tornou-se parte do principal actor no setor de petróleo e gás do país.

Com as eleições à porta, Donald Trump continua a ronda de comícios pelos Estados Unidos. Em Goodyear, no Arizona, o dirigente juntou milhares de pessoas apesar da pandemia, muitas sem máscara e sem cumprir as regras de distanciamento.

“Se votarem Biden, não vão ter filhos na escola, nem entregas de diplomas, casamentos, Dia de Ação de Graças, Natal, nem Dia da Independência. Tirando isso, vão ter uma vida maravilhosa. Temos aqui historiadores que são verdadeiros americanos. Que dizem que Biden é o pior candidato de sempre numas eleições presidenciais”, disse o presidente norte-americano, citado pela Euronews.

Tal como Trump, Biden também votou antecipadamente, acompanhado pela esposa, no Estado do Delaware. Se for eleito, o candidato democrata promete centrar-se no combate ao Coronavírus.

Joe Biden, também citado pela estação televisiva Euronews afirmou que “mesmo se ganhar, vai ser preciso muito trabalho para acabar com esta pandemia. Não vou fazer a promessa falsa de acabar com ela carregando num interruptor. Mas posso prometer que vamos fazer o que está certo a partir do primeiro dia. Vamos deixar que seja a ciência a comandar as nossas decisões, vamos lidar com o povo norte-americano de forma honesta e nunca vamos desistir”.

A Euronews refere que 70 milhões de eleitores já depositaram o voto nas urnas. Esta afluência recorde pode fazer das eleições deste ano as mais participadas em mais de cem anos. O voto por correspondência representa uma boa parte dessa participação registada até agora. É algo defendido pelos democratas, mas atacado pelos republicanos, em especial por Trump, que acusa de ser propício a fraudes.

A eleição presidencial nos Estados Unidos em 2020 será realizada em 3 de novembro.

Mais 503 pessoas estão livres do novo Coronavírus no país. É o maior número já registado em 24 horas, o que eleva para 9.785 o cumulativo de recuperados. Contudo, mais duas pessoas morreram por causa da mesma doença nas províncias de Maputo e Cabo Delgado.

Os novos casos recuperados são da cidade de Maputo (381), província de Maputo (70), Sofala (43) e Cabo Delgado (09), indica uma nota do Ministério da Saúde (MISAU), enviada ao “O País”.

Dos 503 pacientes livres do vírus e reportados pelo MISAU esta quarta-feira, 498 são moçambicanos e cinco estrangeiros. Destes, um chinês, outro indiano, um paquistanês e dois portugueses.

Relativamente à morte de um homem e uma mulher, nas províncias de Maputo e Cabo Delgado, os pacientes tinham 63 e 50 anos de idade e “evoluíram para óbito após o agravamento do seu estado clínico” durante o período de internamento.

As autoridades sanitárias referem que os pacientes tiveram o diagnóstico positivo para a COVID-19 no dia 24. O óbito da província de Maputo ocorreu no dia 23 de Outubro corrente e o de Cabo Delgado no dia 20 do mesmo mês.

Com os dois óbitos registados, o total no país subiu para 91 e o grosso é da cidade de Maputo (69).

O MISAU anunciou ainda mais 142 pessoas infectadas pelo novo Coronavírus. Todos os casos são de moçambicanos e resultam da transmissão local.

Assim, o país tem cumulativamente 12.415 casos positivos registados desde Março último. Destes, 12.111 resultam de transmissão local e 304 são importados.

A capital moçambicana voltou a registar o maior número de casos (81), o que corresponde a 57% do total de novas infecções hoje anunciadas, seguida pela província de Maputo, com 27 (19%).

Quanto aos pacientes internados, no país existe um cumulativo de 448. Destes, 49 estão nos centros de internamento para pessoas com COVID-19 e em outros hospitais. A hipertensão arterial e as diabetes são apontadas pelo MISAU como as doenças mais frequentes nos pacientes internados.

O Centro Europeu para Prevenção e Controlo das Doenças (ECDC) alerta para o “sério risco” de os hospitais na Europa ficarem saturados em breve por causa da COVID-19, apesar de reconhecer melhor preparação e maiores probabilidades de sobrevivência.

“A não ser que baixemos rapidamente o número de casos de infecção, corremos o risco de os hospitais atingirem o seu limite”, diz em entrevista à agência Lusa o director do departamento de Vigilância do ECDC, Bruno Ciancio, citado pelo Notícias ao Minuto.

Numa altura em que se assiste um aumento exponencial de novas infecções e também de internamentos na europa, o especialista recorda que, “com o inverno, haverá novos vírus, como é o caso da Influenza [gripe sazonal]”, reforçando que existe um sério risco de os hospitais ficarem saturados”

“E agora é a altura de aumentar a capacidade de resposta”, apela.

Para Bruno Ciancio, “o desafio” dos países europeus é agora o de “ter capacidade suficiente nos hospitais e de assegurar tratamento e apoio necessário para os que necessitam”, escreve o Notícias ao Minuto.

Questionado sobre quando se poderá chegar ao ponto de colapso, Bruno Ciancio explica que “não há dados suficientes para dizer qual é a capacidade total nos Estados-membros”, dado que “após a primeira vaga os países aumentaram-na”.

Ainda assim, insiste que essa possibilidade existe, como aliás se verificou nos primeiros meses da pandemia de COVID-19, entre Março e Maio.

O fisco moçambicano reporta que conseguiu arrecadar mais dinheiro em cobranças de receitas nos primeiros dez meses do ano, superando a meta prevista, num contexto em que actividade económica desacelerou devido à pandemia da COVID-19.

Entre Janeiro e Outubro de 2020, a Autoridade Tributária de Moçambique arrecadou 192.1 biliões de meticais em receitas, superando em 1.7 bilião de meticais a meta prevista para o período.

Diante dos números, a presidente da AT, Amélia Muendane, considera que Moçambique foi “resiliente à pandemia da COVID-19”, não obstante a desaceleração da actividade económica desde Março ultimo.

Sobre o incremento na cobrança de receitas, Muendane justificou que esta performance¸deveu-se em parte, as contribuições das empresas da indústria extractiva, Imposto sobre Valor Acrescentado (IVA) e Imposto sobre Rendimento de Pessoas Singulares (IRPS).

Com a revisão do Estado do Estado de 2020, a cobrança de receitas passará de 235.590,3 milhões de meticais, para 214.141,7 milhões de meticais, equivalentes a 24% do Produto Interno Bruto (PIB) e a despesa pública incrementará de 345.381,8 milhões para 374.096,6 milhões de meticais, correspondente a 41.9% do PIB.

Estes dados foram apresentados esta quarta-feira, em Maputo durante a abertura da sexta reunião nacional de planificação da Autoridade Tributária de Moçambique, que decorre sob o lema: “Os desafios da arrecadação de receitas em tempos da pandemia da COVID-19”.

 

Aumentam cada vez mais os óbitos causados pela COVID-19 no país. Um homem de 56 anos de idade perdeu a vida, esta segunda-feira, na cidade de Maputo devido à infecção, aumentando para 89 o número de mortes.

A vítima, de nacionalidade moçambicana, recebeu o diagnóstico da doença no dia 10 de Outubro. O seu estado de saúde agravou-se durante o internamento numa unidade hospitalar da capital do país, indica um comunicado do Ministério da Saúde (MISAU), enviado ao “O País”.

De segunda para esta terça-feira, o cumulativo de pacientes internados aumentou de 408 para 412. Destes, 47 (menos sete em relação a segunda-feira) continuam acamados nos centros de internamento para pessoas com COVID-19 e noutras unidades hospitalares.

“Os pacientes internados padecem de patologias crónicas diversas, sendo que as mais frequentes são a hipertensão arterial e as diabetes”, esclarece o MISAU.

Em 24 horas, houve ainda o registo de 28 pacientes recuperadas do novo Coronavírus na província de Tete. Deste modo, o país conta com 9.282 pessoas livres da doença, desde o anúncio do primeiro caso em Março último.

Mais 112 novos casos positivos da COVID-19 foram reportados, elevando o total para 12.273. Deste número, 11.969 são de transmissão local e 304 importados.

A cidade de Maputo e a província de Sofala registaram o maior número de casos novos (29 cada), seguidas pela província de Maputo (23).

Indignados, os médicos dizem, em comunicado, que a falta ou escassez de equipamento individual de protecção coloca em causa a sua vida e das suas famílias, assim como a saúde dos utentes dos hospitais e do próprio Sistema Nacional de Saúde.

É literalmente um desabafo, após a circulação de várias mensagens supostamente escritas por profissionais de saúde denunciando deficiências na sua protecção contra a pandemia. Os médicos que estão na linha da frente no tratamento dos doentes com COVID-19, começam por fazer saber que “num inquérito recentemente realizado pela Associação Médica de Moçambique, foram inqueridos 139 médicos de todo o país, dos quais mais de metade não tinha recebido equipamento de protecção individual completo e adequado para as suas funções nos dias anteriores”.

Para esta classe profissional, não restam dúvidas de que o problema é grave. Tão grave porque, segundo a Ordem dos Médicos de Moçambique e a Associação Médica de Moçambique, que assinam o comunicado em conjunto, “coloca em risco os profissionais de saúde, seus familiares e os utentes das suas unidades sanitárias. Em última análise, o sistema de saúde fica menos capaz de prover melhor resposta possível quando os profissionais de saúde não se encontram devidamente protegidos”, dizem “os homens da bata branca”, atirando que “não se pode combater a COVID-19 sem a devida protecção dos profissionais de saúde”.

Aos olhos dos médicos, uma das consequências desse problema foi o falecimento do médico-cirurgião, António Guilherme Mujovo, que também desempenhava funções de assessor do ministro da Saúde para área de seguros. Mujovo perdeu a vida no dia 20 de Outubro em curso, na cidade de Maputo, vítima de COVID-19. Os médicos sentem que não foi feito esforço suficiente para salvar o homem.

“Tivemos e continuamos a ter a percepção de que poderia ter sido feito muito mais do que se fez para salvar um quadro tão precioso do nosso país”, dizem as duas agremiações, para as quais ainda há muitas questões por responder: “se o nosso Sistema Nacional de Saúde não foi capaz de se colocar plenamente na protecção da saúde e da vida de um quadro de tamanha envergadura, o que será dos outros jovens profissionais? O que será da população que vive abaixo do limiar da pobreza nas zonas recônditas do país como o Delta do Chinde, em Namapa ou Mapai? O que será dos moçambicanos que vivem com menos de um dólar por dia nos populosos bairros de Paquitequete, Munhava ou Chamaculo? O que será deles? Questionam os médicos, que terminam exigindo a tomada urgente de medidas para melhoria da prevenção, diagnostico e tratamento da população em geral e dos profissionais de saúde em particular em relação a COVID-19.

Além da pandemia, está em causa outros dois problemas: a indisponibilidade de medicamentos essenciais, entre os quais antibióticos e falta de reagentes de laboratório, aparelhos imagiológicos como Raio-X, RMN, que não existem ou estão avariados em várias unidades sanitárias do país;

Uma das últimas actualizações sobre o impacto da pandemia na classe data de Junho deste ano e dava conta de que mais de 90 profissionais de saúde já tinham sido infectados pelo vírus desde o registo do primeiro caso em Moçambique, no passado mês de Março.

O PROBLEMA É GLOBAL, SEGUNDO USSENE ISSE

Em reação à reclamação dos médicos, o director nacional de Assistência Médica, Ussene Isse, disse ontem que a escassez do material de protecção individual para os profissionais de saúde é um problema global e que as autoridades de saúde estão a trabalhar para reforçar o equipamento de proteção individual destinados a equipa médica. “Estamos a receber os equipamentos de protecção individual, os medicamentos estão a chegar, os reagentes estão a chegar mas não naquela forma que gostaríamos que fosse. É uma forma lenta porque a nível global ainda constitui um grande desafio”, garantiu Ussene Isse.

Em termos concretos, Ussene Isse disse: “temos agora um reforço também ao longo desta semana de mais de 1.5 milhão de máscaras da categoria N95, mais de 550 mil batas descartáveis e mais de 600 mil macacões. Este equipamento que está a chegar e será o reforço” para dar “condições aos nossos profissionais de saúde”.

As declarações foram feitas ontem durante a conferência de imprensa de actualização de dados sobre a pandemia do novo Coronavírus no país e no mundo.

O ministro da Saúde, Armindo Tiago, recuperou da COVID-19 e já retornou ao trabalho presencial. O governante confirmou o facto esta segunda-feira, através de um comunicado.

Armindo Tiago recebeu diagnóstico negativo para a COVID-19 este domingo, após dias de quarentena domiciliar.

“No seguimento do estabelecido pelas autoridades de saúde, e uma vez que não apresentava sintomas, permaneci em isolamento domiciliar. De acordo com as últimas recomendações da OMS, ao décimo dia eu podia ter terminado o isolamento. Preferi cumprir o tempo integral da quarentena e só sair do isolamento após um teste negativo da COVID-19”, lê-se no comunicado ao Ministério da Saúde, enviado ao “O País”.

No documento, o ministro revela que nunca chegou a apresentar sintomas. “Tive a sorte que muitos compatriotas não tiveram. Muitos ficaram internados e não puderam sobreviver”, disse o ministro.

“Longe de ser um castigo, o isolamento foi uma escola. Aprendi a valorizar cada vez mais o trabalho de cada membro da sociedade”, refere Armindo Tiago, para quem o isolamento pode ser “um momento de aprendizagem do valor da solidariedade”.

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