O País – A verdade como notícia

país passou de 31 casos da COVID-19, ontem, para 34, esta sexta-feira. Ao todo, o Instituto Nacional de Saúde (INS) testou 898 casos suspeitos, dos quais 43 nas últimas 24 horas.

Importante sublinhar que dos 34 casos positivos dois já recuperaram doença e 31 são activos. Ou seja, ainda estão em tratatamento, sob acompanhamento das autoridades da Saúde.

"Dos novos casos testados, 40 revelaram-se negativos e três positivo para o Coronavírus", disse a directora nacional de Saúde Pública, Rosa Marlene, na habitual conferência de imprensa para actualização da informação relativa à pandemia no mundo em Moçambique.

Segundo a dirigente, dos 34 casos positivos do Coronavírus, "26 são de transmissão e local oito importados".

As novas contaminações resultaram da investigação em curso na província de Cabo Delgado, onde as autoridades de saúde diagnosticaram, há dias, o primeiro caso fa COVID-19 naquele ponto do país. O primeiro caso da pneomonia viral em Moçambique foi diagnosticado em Maputo.

Rosa Marlene disse que os três novos casos foram detectados em Pemba e na cidade de Maputo.

Dos infectados, duas são moçambicanas com mais de 20 e 30 anos de idade, e outro é um cidadão de nacionalidade sul-africana com mais de 40 anos.

Eduardo Samo Gudo, director-geral adjunto no INS, esclareceu que as duas cidadãs, em Maputo e Pemba (Afungi), encontram-se nas reapectivas casas, em isolamento. Elas são de segunda e terceira rede em seguimento por terem mantido contacto com as pessoas contaminadas nos dias anteriores.

De acordo com a directora nacional de Saúde Pública, cada cidadão deve, a partir de onde estiver, ser activista na prevenção e combate da COVID-19.

DETENÇÃO POR DESOBEDIÊNCIA

Em todo o país, a Polícia da República de Moçambique (PRM) deteve 260 cidadãos por alegada desodiência às medidas decretada pelo Governo no âmbito do Estado de Emergência, disse Orlando Modumane, porta-voz do Commando-Geral da corporação.

MOÇAMBICANOS NO ESTRANGEIRO

Segundo o porta-voz do Ministério dos Negócios Estrangeiros e Cooperação (MINEC), Geraldo Saranga, há pelo menos cinco milhões de moçambicanos em diferentes países do mundo. A maioria encontra-se na SADC.

Relativamente aos compatriotas em formação na China, o responsável informou que 38 estudantes que durante 70 dias ficaram em quarentena na cidade de Wuhan, privíncia chenesa de Hubei, já retomaram a vida normal e prosseguem com as actividades académicas.

Geraldo Saranga disse ainda que Moçambique tem 42 missões diplomáticas e consulares no mundo, nos quais estão afectos 227 funcionários, devidamente protegidos da pandemia do Coronavírus.

 
 

Reduziu em 93 por cento o movimento migratório no país na semana passada devido à pandemia da COVID-19. Neste período, houve registo de perto de oito mil viajantes que entraram e saíram de Moçambique contra pouco mais de 106 mil do igual período do ano passado.

Moçambique está em Estado de Emergência e adoptou várias medidas para prevenção e contenção da propagação do novo coronavírus.

Dentre as medidas, estão as restrições de entrada e saída de pessoas no território nacional. Como consequência, de 04 a 10 de Abril, o movimento migratório reduziu em 93 por cento quando comparado com igual período do ano passado.

Neste momento, o país encerrou 29 postos de travessia para limitar a entrada e saída de pessoas, sendo que 27 estão activos. Destes, Ressano Garcia é o que regista maior fluxo migratório.

Ainda na semana passada, 714 cidadãos estrangeiros de diversas nacionalidades saíram do país pelo Aeroporto Internacional de Mavalane em voos especiais, uma alternativa à falta de voos regulares suspensos por diversos países como forma de conter a propagação da COVID-19.

Reduziu em 93 por cento o movimento migratório no país na semana passada devido à pandemia do novo coronavírus.

 

O Governo e parceiros (CTA e trabalhadores) anunciaram esta quinta-feira, a suspensão das negociações sobre a fixação do salário mínimo para 2020, alegadamente, devido aos impactos negativos da pandemia do novo coronavírus na economia.

Em conferência de imprensa, a ministra do Trabalho e Segurança Social, Margarida Talapa, disse que pesou para esta decisão, o facto da maioria das empresas auscultadas apresentarem prejuízos avultados, o que em termos práticos, concluiu-se que não há condições para continuar com a ronda negocial.

“Pensamos em retomar as negociações assim que a situação da COVID-19 se normalizar”, acrescentou a governante.

Já o sector privado, representado pela Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) referiu que olhou para a sustentabilidade das empresas.

“Neste momento, o mais importante é assegurar os empregos e garantir o pagamento regular dos salários”, argumentou Agostinho Vuma, presidente da CTA.

Contudo, a Organização dos Trabalhadores de Moçambique indica que encontrou-se uma “solução anormal”, embora reconhece que actual cenário macroeconómico seja desfavorável.

Cabo Verde registou o primeiro caso da covid-19 no dia 19 de Março. E nas semanas seguintes o país viveu uma lenta evolução de novos casos, sendo que até 11 de Abril tinha oito casos confirmados.

Entretanto esta quarta-feira, os casos de covid-19 quadruplicam. De 11, os casos positivos subiram para 56, em resultado da testagem de funcionários de um hotel na ilha da Boa Vista. 196 Pessoas foram testadas, tendo 45 dado positivo.
Dos restantes, 147 tiveram resultado negativo e quatro estão pendentes.

Esta quinta-feira, o país cumpre 19º dia, de 20 previstos, de estado de emergência para conter a pandemia, com a população obrigada ao dever geral de recolhimento, com limitações aos movimentos, empresas não essenciais fechadas e todas as ligações entre as ilhas e para o estrangeiro suspensas.

“As crianças tiveram as férias da páscoa antecipadas e também estão em casa. Portanto vive-se numa fase de isolamento social e há uma série de medidas que foram adoptadas pelas autoridades para que as pessoas cumpram também esta fase de isolamento social que é para conter ao máximo a propagação do vírus”, explicou a jornalista cabo Verdiana, Cris Morais, em declarações ao jornal O País.

E para conter a propagação do vírus, mesmo as famílias que buscam seu sustento diariamente tiveram de suspender as suas actividades. O Presidente Cabo-verdiano, Jorge Carlos Fonseca comunica esta quinta-feira, a decisão sobre a prorrogação ou não do estado de emergência.

“Até 17 de Abril nós estamos em Estado de Emergência e, por exemplo, eu estava a ver hoje que no Senegal, aqui ao pé, o Estado de Emergência foi prolongado por mais 30 dias. Portanto não sabemos como é que a situação vai evoluir e mesmo a nível do ano lectivo como é que vai prosseguir”, questionou a jornalista, adiantando contudo que “a Ministra da Educação já adiantou vários cenários”.

O Ministério da Saúde local informou que os casos positivos da doença estão a ser devidamente acompanhados, assim como as respectivas redes de contactos.

 

Moçambique conta com mais dois casos positivos de coronavírus anunciados na actualização feita esta quinta-feira pelo Ministério da Saúde. Assim, sobe para 31 os casos positivos detectados até ao momento, sendo 23 de transmissão local e oito importados.

 

Mais dois cidadãos infectados com a covid-19 em Moçambique. Mas estes não são moçambicanos.

Os dois cidadãos são trabalhadores da Total e estiveram em Afungi, tendo regressado a Maputo a 02 e 04 de Abril respectivamente. O Ministério da Saúde está a fazer o mapeamento dos passageiros que estiveram com os dois durante a viagem de Cabo Delgado a Maputo.

Relativamente ao cidadão que foi recolhido no multi-hotel da Matola, o MISAU assegura que as autoridades locais de saúde estão a seguir o protocolo de investigação e será submetido a testes.

O Instituto Nacional de Saúde está ainda a analisar as amostras dos 27 suspeitos colhidos esta semana em Afungi e esta sexta-feira dará os resultados.

Em termos numéricos, o país testou até ao momento 855 suspeitos, 62 nas últimas 24 horas, dos quais 31 positivos. Actualmente 1852 continuam a cumprir quarentena domiciliária e com acompanhamento médico.

 

 

Enquanto os cientistas atarefam-se na busca da vacina contra a COVID-19, os usuários das redes sociais não têm parado de avançar com as possíveis curas desta doença. Sobre o remédio para pneumonia viral, já se ouviu um pouco de tudo, desde a cura por meio de folhas de eucalipto, de sumo de limão, de alho até de óleo da cobra, um remédio tradicional chinês. O certo é que todas estas supostas curas carecem da aprovação científica, uma situação que leva o secretário-geral da ONU a protestar.

António Guterres, apela aos usuários das redes sociais a pararem com circulação de falsa informação sobre coronavírus e a confiarem na ciência.

“Este é o tempo da ciência e da solidariedade espalhar-se. Mesmo assim, a desinformação epidémica global está a espalhar-se. Conselho de saúde prejudiciais e soluções de óleo de cobra estão a proliferar-se. O mundo deve também unir-se contra esta doença. E a vacina é a confiança.

Primeiro, confiança na ciência…segundo, confiança nas instituições fundamentadas em governação e lideranças responsáveis e baseadas em evidências. E confiança num e outro. Respeito mútuo e garantia dos direitos humanos devem ser a nossa bússola durante o percurso da crise”, alerta António Guterres.

Para além de apelos contra fakenews, a ONU vai passar a propagar uma série de informação científica por meio de redes sociais.

“Hoje, anúncio uma nova iniciativa de respostas da comunicação das Nações Unidas que vai encher a internet de factos e ciência para combater a crescente avalanche de desinformação, um veneno que coloca mais vidas em risco. Com uma causa comum por senso comum e factos podemos derrotar a COVID-19 e construir um mundo mais saudável, equitativa, justa e resiliente”, afirmou Guterres.

A COVID-19 já infectou aproximadamente dois milhões de pessoas, das quais 6.50% já morreram e 23.10% estão recuperadas.

O Fórum de Monitoria do Orçamento (FMO) diz que o Orçamento do Estado para 2020 não reflecte a actual realidade da COVID-19 que o país e o mundo vivem. A organização critica ainda o facto de grande parte do dinheiro estar orientado para as despesas de funcionamento dos órgãos centrais, ignorando as áreas sociais.

A Proposta do Orçamento de Estado para 2020, que ainda está em discussão na Assembleia da República, é de 345.381,8 milhões meticais dos quais 235.590,6 milhões serão provenientes da receita do Estado, havendo um défice orçamental de 109.791,2 milhões.

Entretanto, o Fórum de Monitoria e Orçamento diz que o Orçamento de Estado para este ano não reflecte a actual realidade da COVID-19 que se vive no país e muito menos a dos moçambicanos.

“Este orçamento feito no contexto da pandemia do novo coronavírus, dá a entender que em Moçambique não há COVID porque ele (o orçamento) é, na generalidade, igual a dos outros anos. Não é um orçamento que reflecte o actual momento de incerteza da nossa população sobre o que vai ser”, constatou Adriano Nuvunga, do Fórum de Monitoria e Orçamento, dando exemplo de outros países, “que estão a orientar todas as actividades do Governo para fazer face a esta pandemia, mas o orçamento que o Estado nos apresenta é um orçamento que dá uma ideia de que em Moçambique se está bem e isso é preocupante”. 

À “ignorância” do actual cenário de pandemia que o mundo vive, Nuvunga acrescenta que o orçamento deixa claro que há uma alocação da “fatia maior” do dinheiro público para o despesismo próprio que caracteriza o Estado moçambicano.

“A questão do despesismo está evidente, muito em particular, nos órgãos de soberania. No parlamento, há um orçamento avultadíssimo num contexto onde, globalmente, os parlamentos estão a reduzir a sua actividade, encontrando formas de trabalho consistentes com a necessidade do distanciamento social”, exemplificou Adriano Nuvunga.

Assim, entende que a Proposta do Orçamento do Estado aloca pouco investimento nos sectores sociais que impactam na vida das populações. “Outras áreas não sociais continuam a crescer em detrimento das sociais. Estamos a falar de áreas como a Presidência da República e o Ministério da Defesa”, referiu Paula Monjane do Fundo de Monitoria e Orçamento, justificando que percebe-se que estamos num contexto de guerra, “mas seria importante ver como é que estas áreas estão balançadas em relação a um contexto em que as áreas sociais precisam do reforço muito maior”.

E Jorge Matine explica alguns cortes em termos percentuais: “Pelo facto de a saúde, em termos reais, perder 11% em relação ao ano passado, pensamos nós que esta caída não está justificada no orçamento como também do porquê da redução em 14% na área de protecção social”.      

Com o processo de descentralização, o Fórum esperava, ainda, que grande parte dos recursos fosse orientado para os órgãos locais que são mais próximos do cidadão. “Se olharmos para o orçamento 2020, notaremos que cerca de 57.3% foi para nível central e 42.7% vem para as províncias. A pergunta que se coloca é se estamos a ser sérios em relação ao que estamos a apregoar”.  

Assim, o Fórum de Monitoria e Orçamento recomenda que se reveja a Proposta do Orçamento de Estado e que se procure envolver o povo na sua elaboração.

 

 

Subiu para 29 casos positivos de coronavírus em Moçambique, depois que mais um cidadão moçambicano foi diagnosticado com a doença esta quarta-feira. O Ministério da Saúde diz estar a fazer acompanhamento, até este momento, a 1868 cidadãos suspeitos.

 

Continuam a subir os casos de infecção local da Covid-19 no país. Esta quarta-feira foi diagnosticado com coronavírus mais um cidadão moçambicano, residente em Maputo, no quadro da terceira rede de contactos dos infectados de Cabo Delgado.

Assim, o país conta com 29 casos positivos da covid-19, dos quais 27 activos e dois recuperados. Destes 27 activos, 15 estão em Maputo, 12 em Afungi e dois em Pemba. O Ministério da Saúde diz estar ainda a monitorar os cidadãos com coronavírus activos.

Esta terceira rede de contactos já mapeou 55 cidadãos que se encontram em Cabo Delgado, Maputo, Zambézia e Nampula.

Sem cura para a coronavírus, apenas o sistema imune de cada cidadão garante a recuperação e o Ministério da Saúde faz apenas um tratamento de suporte para os casos diagnosticados.

Até ao momento, 10.655 moçambicanos já estiveram em quarentena, dos quais 1868 continuam a ser monitorados. Em termos de testes, 793 suspeitos já foram testados no Instituto Nacional de Saúde.

O secretário-geral da Frelimo compromete-se a intensificar os apelos aos membros e simpatizantes do partido para a prevenção da COVID-19. Roque Silva apela também a todos os moçambicanos a empenharem-se para evitar a propagação da pandemia.

Hoje, o político trabalhou nas bases do partido na cidade de Maputo, com o objectivo de reforçar a eficácia da estratégia de prevenção do Coronavírus.

Roque Silva falou da distribuição, na província de Maputo, de baldes para a lavagem das mãos e ainda oferta de material higiénico às comunidades.

“Quero assegurar que nós vamos intensificar” o trabalho já em curso e “nos próximos dias vamos anunciar outros donativos as instituições de saúde”, disse secretário-geral da Frelimo.

Na ocasião, Roque Silva apelou o envolvimento de outras forças políticas e da sociedade na luta contra o novo Coronavírus.

“Temos que compreender que é um momento difícil” e assumir “esta mobilização no sentido de fazermos alguma coisa para combater esta doença. Os membros da Frelimo continuarão a ser sensibilizados para trabalharem na prevenção. Esta não é tarefa apenas da Frelimo, mas sim de todos nós incluindo (…)”, afirmou o político.

Recentemente, o partido no poder capacitou os seus quadros em matérias ligadas à prevenção da COVID-19, em algumas províncias do país.

 

 

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