Enquanto os cientistas atarefam-se na busca da vacina contra a COVID-19, os usuários das redes sociais não têm parado de avançar com as possíveis curas desta doença. Sobre o remédio para pneumonia viral, já se ouviu um pouco de tudo, desde a cura por meio de folhas de eucalipto, de sumo de limão, de alho até de óleo da cobra, um remédio tradicional chinês. O certo é que todas estas supostas curas carecem da aprovação científica, uma situação que leva o secretário-geral da ONU a protestar.
António Guterres, apela aos usuários das redes sociais a pararem com circulação de falsa informação sobre coronavírus e a confiarem na ciência.
“Este é o tempo da ciência e da solidariedade espalhar-se. Mesmo assim, a desinformação epidémica global está a espalhar-se. Conselho de saúde prejudiciais e soluções de óleo de cobra estão a proliferar-se. O mundo deve também unir-se contra esta doença. E a vacina é a confiança.
Primeiro, confiança na ciência…segundo, confiança nas instituições fundamentadas em governação e lideranças responsáveis e baseadas em evidências. E confiança num e outro. Respeito mútuo e garantia dos direitos humanos devem ser a nossa bússola durante o percurso da crise”, alerta António Guterres.
Para além de apelos contra fakenews, a ONU vai passar a propagar uma série de informação científica por meio de redes sociais.
“Hoje, anúncio uma nova iniciativa de respostas da comunicação das Nações Unidas que vai encher a internet de factos e ciência para combater a crescente avalanche de desinformação, um veneno que coloca mais vidas em risco. Com uma causa comum por senso comum e factos podemos derrotar a COVID-19 e construir um mundo mais saudável, equitativa, justa e resiliente”, afirmou Guterres.
A COVID-19 já infectou aproximadamente dois milhões de pessoas, das quais 6.50% já morreram e 23.10% estão recuperadas.