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Ramaphosa está a ser pressionado fora e dentro do ANC a abandonar o cargo

Foto: O País

O académico Paulo Wache diz que o Presidente da República da África do Sul e do ANC, Cyril Ramapossa, pode ser forçado a abandonar o poder em consequência da pressão interna e externa que está a ser exercida sobre si. Watche entende que, no ANC, há clivagens.

Reagindo ao chamado “caso Phala Phala”, em que o Chefe de Estado sul-africano, Cyril Ramaphosa, é acusado de violar a Constituição da República, o analista de Política Internacional Paulo Wache disse que o Estadista está a sofrer uma forte pressão.

“É muito difícil dizer qual é o ANC que se pronuncia a favor e qual e o ANC que se pronuncia contra, mas isso é uma demonstração de que, dentro do ANC, há vários ANC e há problemas graves de coesão. Não é necessariamente se ele tem ou não o apoio, vai depender da avaliação que ele vai fazer do assunto para chegar à conclusão de que deve permanecer ou não, mas, se não o fizer, se a ala mais numerosa achar que tem que sair, vai mandar conselheiros como fizeram com Thambo Mbeki para ele deixar o poder, aparentemente será ele a resignar e terá sido forçado a resignar”, aponta Paulo Wache, analista de Política Internacional.

Esta agitação acontece a escassos dias da realização do congresso do ANC, que pode definir o futuro político de Ramaphosa.

“O congresso, chamam eles de Congresso Nacional, que vai acontecer já no dia 16 talvez seja um elemento fundamental para percebermos o destino de Cyril Ramaphosa. Enquanto ele não se pronunciar para vermos qual é a sua sensibilidade sobre o assunto, mas isso vai resultar se saber se ele tem apoio dentro ou fora do partido.”

O Comité Executivo do ANC, o órgão de decisão mais alto no partido, vai decidir o futuro de Ramaphosa, que ambiciona a reeleição na liderança do partido, assim recandidatar-se à presidência em 2024.

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