Os soldados que deveriam formar o Exército Nacional do Sudão do Sul, ao abrigo do acordo de paz de 2018, abandonaram os campos de treino devido à falta de condições, dentre elas a alimentação.
O abandono dos campos de treinos foi anunciado pelo presidente da Comissão Conjunta de Monitorização e Avaliação, Charles Gituai, explicando que os soldados enfrentavam falta de alimentos, medicamentos e outros bens básicos.
Segundo a fonte, as condições de acomodação nos campos de trinos no Sudão do Sul estão a deteriorar-se e podem piorar com o início da estação das chuvas.
Charles Gituai apelou ao Governo de transição no Sudão do Sul para resolver a falta de financiamento para os centros de instrução militar e, de um modo geral, junto de todas as instalações e procedimentos destinados à formação e construção de forças conjuntas ao serviço do país.
O interlocutor sublinhou que até agora não foram formadas forças conjuntas e este é um grande dilema para o acordo de paz no Sudão do Sul.
Aquele país, independente desde 2011, vive um conflito civil desde o final de 2013, facto provocado pela rivalidade entre o Presidente, Salva Kiir, e o seu então vice-presidente, Riek Machar.
O conflito causou a mortes de mais de 380 mil pessoas.