O País – A verdade como notícia

Há cerca de duas semanas, um jovem de 29 anos de idade regressava da Cidade de Maputo com destino a Cidade de Inhambane. Na quarta-feira da semana passada, o jovem sentiu-se mal, e foi em busca de tratamento médicos no Hospital Provincial de Inhambane.

Naquela unidade sanitária foram feitos vários testes, com destaque para o de malária que deu negativo. Foram colectadas amostras para o teste de Coronavirus e que foram enviadas para o laboratório do Instituto Nacional de Saúde e na segunda-feira veio a confirmação de que o jovem estava infectado.

 Em 5 dias de espera o jovem manteve contactos com amigos e familiares, dos quais pelo menos 18 já foram identificados e colhidas amostras de parte deles. Destes, 8 são pessoas da família que vivem com ele e outros 10 são de amigos com quem esteve nestes dias.

 Até por volta das 14h de segunda-feira, o jovem foi visto a circular com amigos no mercado mafureira, um dos mais movimentados da Cidade. O director Províncial de Saúde em Inhambane Naftal Mathusse disse ao “O Pais" que depois que veio a confirmação, o jovem foi levado a casa onde permanece até ao momento

 Neste momento, o jovem e a família estão em isolamento domiciliar na sua residência

 

A Nova Zelândia vai aliviar as medidas de confinamento com a reabertura da maioria das actividades económicas, a partir do dia 14 de Maio. Trata-se de bares, restaurantes, cinemas e ginásios.

A informação foi avançada ontem pela primeira-ministra, Jacinda Ardern, durante uma conferência de imprensa em Wellington, na Nova Zelândia.

Segundo a governante, citada pela agência de notícias Efe, o país vai baixar o nível das medidas impostas para lutar contra o novo Coronavírus de 3 para 2.

“No nível 2 podemos estar novamente nas ruas. Quase toda a nossa economia vai reabrir”, afirmou Jacinda Ardern.

Na quinta-feira, reabrem também o comércio a retalho e os parques infantis. Os alunos vão voltar ao ensino presencial a partir de 18 de Maio, com a reabertura dos bares prevista para 21 deste mês.

Mesmo com o alívio das medidas de confinamento os cidadãos devem continuar a manter as regras de distanciamento físico, com o limite de dez pessoas por mesa em restaurantes e bares.

A Nova Zelândia, que impôs medidas de confinamento consideradas como as mais estritas do mundo, conta actualmente com 1.147 casos de infecção pelo novo Coronavírus e 21 mortos, tendo registado três novas infeções nas últimas 24 horas.

 

Moçambique passou de 91 para 103 casos positivos do novo Coronavírus e, além de Cabo Delgado, cidade de Maputo e província de Maputo, a doença já existe na Beira e em Inhambane.    

A informação foi revelada pelo ministro da Saúde, Armindo Tiago, esta tarde, na actualização da informação sobre a COVID-19 em Moçambique e no mundo.

Armindo Tiago disse que entre os 12 novos doentes há crianças de sete meses e 10 anos de idade.

O governante apelou para maior observância das medidas de prevenção do Coronavírus, salientando que só s a prevenção pode salvar o mundo da pandemia, uma vez que não tem cura para a mesma.   

A cidade da Beira conta desde hoje com uma cabine de colecta de amostra da pandemia da COVID-19, idealizado e construído pelo grupo SOS corona. É a primeira cabine do género no país e a expectativa dos mentores da iniciativa é produzi-los para outros pontos do país.

A cabine que foi montada dentro do recinto do Hospital central da Beira, garante o isolamento total entre o profissional de saúde e o doente. É uma cabine simples com dimensões que variam de um metro e 20 de largura e cerca de 1 e 80 de comprimento. Um vidro separa o profissional de saúde e o doente e o primeiro entra em contacto com o segundo através das suas mãos protegidas por luvas, através de dois orifícios existentes na parte envidraçada.

Com a cabine, por sinal a primeira do género no país, o Hospital Central da Beira sente-se mais protegido para atender eventuais casos do novo coronavírus.

"É um sector onde o técnico do laboratório vai fazer a colecta das amostras, aos suspeitos doentes da COVID-19, sem entrar em contacto com o doente. Será uma grande ajuda para nós, porque como sabem os profissionais de saúde estão na primeira linha de combate contra o novo coronavírus, dai que torna-se necessário criar condições para estes profissionais, uma vez que se a frente que eles estão a fazer falhar, então não conseguiremos vencer" – explicou Nelson Mucopa, director do Hospital Central da Beira.

A cabine em causa foi idealizada pelo grupo SOS corona, composto por empresários locais envolvidos na luta contra a prevenção da pandemia do coronavírus. O modelo foi importado da índia e tem como objectivo fazer face as dificuldades financeiras. Todo o material usado para a produção da cabine é local.

"A testagem da COVID-19 obriga a um protocolo muito rigoroso da OMS. Os fatos e óculos de protecção devem ser descartados a cada teste e o pais não tem condições financeiras para garantir a aquisição deste material. Tivemos que inovar na base de ideias importadas da Índia e construímos a cabine que permite em pouco tempo fazer vários testes porque ela é facilmente esterilizada". – disse Gilberto Correia, um dos membros do SOS Corona.

A cabine foi inaugurada pelo governador de Sofala, Lourenço Bulha.

O presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique (CTA) disse que o decreto 23/2020, do Conselho de Ministros que aprova as facilidades fiscais e aduaneiras para o alívio dos impactos da COVID-19 à tesouraria das empresas é “impraticável” para o grosso número das firmas. 

Na sua análise (Jornal da Noite da Stv 08.05.2020) sobre os impactos das facilidades fiscais e aduaneiras do Governo para combate a COVID-19, Agostinho Vuma, lamentou o facto de o decreto 23/2020, do Conselho de Ministros, excluir o grosso número das empresas nacionais, pois, nas actuais cláusulas o alívio só beneficiar firmas com volume de negócio de até 2.5 milhões de meticais. Ou seja, limita-se a minoria de empresas.

“Em média podemos estimar em 15 mil empresas com alto volume de negócio (muito acima de 2.5 milhões de meticais) que não beneficiam destas facilidades fiscais do Governo”, disse o presidente da CTA.

Embora o decreto em questão suspenda o pagamento de alguns impostos da actividade económica para até primeiro trimestre de 2020, Agostinho Vuma entende que “estas medidas não podem constituir um alívio se não estiverem na classificação do regime do IRPC (Imposto sobre o Rendimento de Pessoas Colectivas) por causa do tecto de 2.5 milhões de meticais do volume de negócios”.

“As empresas vão falir porque estamos numa situação de pandemia que não se prevê o seu término. Estas medidas não constituem o grande clamor do sector privado”, apontou o homem forte da classe empresarial moçambicana.

Em relação as medidas de política monetária adoptadas pelo Banco Central, com destaque para a redução da taxa de juro de referência, taxa MIMO, e uma linha de financiamento de 500 milhões de dólares para os bancos comerciais, o presidente da CTA defendeu que é necessário que se aplique “taxas de juros aceitáveis” num contexto de pandemia COVID-19 que possam “resgatar o sector empresarial”.

“Este dinheiro não está a se fazer sentir porque os bancos comerciais não estar tomar medidas”, concluiu Vuma.

DÍVIDAS DO ESTADO ÀS EMPRESAS

Ainda num contexto da desaceleração da actividade da económica no país, precipitada pelo novo coronavírus, Agostinho Vuma disse que a CTA propôs ao Executivo a continuidade dos pagamentos em atraso da dívida do Estado ao sector privado, como forma de alavancar a tesouraria das empresas.

“Há uma ansiedade enorme do sector empresarial…da relação com o ministro da Economia e Finanças, Adriano Maleiane, asseguramos que há condições de continuar com os pagamos atrasados e está reflectido no Orçamento do Estado”, explicou o presidente da Confederação das Associações Económicas de Moçambique.

No que toca a relação laboral (patronato e trabalhador), Agostinho Vuma revelou que decorrem negociações com o Governo, com vista a assegurar que o Instituto Nacional de Segurança Social (INSS) possa injectar algum valor na banca comercial e promover contratações de crédito a nível de 5% como taxa de juro.

 

O Presidente dos Estados Unidos desvalorizou os dois casos de funcionários da Casa Branca que, esta semana, testaram positivo para o novo Coronavírus. 

“Não estava preocupado", afirmou Trump. 

Na sexta-feira, segundo a TVI24, a Casa Branca anunciou que Katie Miller, porta-voz do vice-Presidente norte-americano, Mike Pence, testou positivo para o novo Coronavírus. Um dia antes, foi confirmado que um membro do exército que trabalha como motorista de Trump tinha também recebido uma análise positiva.

Um dia antes, o teste de Katie Miller tinha sido negativo.

“É por isso que todo o conceito dos testes não é necessariamente óptimo. Os testes são perfeitos, mas alguma coisa pode acontecer entre um teste em tudo que está bem e depois alguma coisa acontece”, indicou Trump.

A Casa Branca mede a temperatura de todos os funcionários sempre que entram no complexo, encoraja o distanciamento social entre os trabalhadores e efetua limpezas rigorosas diárias dos espaços de trabalho. Qualquer pessoa que mantenha um contacto próximo com o Presidente e o vice-Presidente é testada diariamenta para a COVID-19.

Na quinta-feira, Pence indicou que ia passar a fazer testes diários, tal como Trump.

O Hospital Central de Quelimane carece de túnel de desinfecção para a prevenção do novo Coronavírus. O director da maior unidade sanitária da Zambézia Ladino Suade, diz que várias medidas estão a ser tomadas no hospital para fazer face a pandemia mas a falta do equipamento reduz o nível dos esforços.

“De facto precisamos de túnel, por isso pedimos as pessoas de boa vontade no sentido de olharem para o nosso hospital. Nesta fase de quarentena pelo mais de 300 pessoas escalam este local e sem túnel fica difícil cumprir de forma cabal com o processo de desinfecção”, disse Ladino Suade. 

Segundo o director, é uma necessidade que precisa de resposta de pessoas de boa vontade, uma vez que ao nível governamental ainda não há luz verde. O maior hospital da Zambézia precisa de túnel para desinfecção de pessoas que escalam este ponto a procura de serviços de saúde.

Entretanto como forma de suprir as necessidades de combate a COVID-19 o porta-voz da Frelimo, Caifadine Manasse acaba de doar cerca de 1500 máscaras e baldes ao HCQ e gabinete da esposa do governador da província, Margarida Matos.

O combate ao novo coronavírus sendo um problema global, todos são chamados a se juntarem a esta causa.
 

Mais dois túneis de desinfecção massiva entraram em funcionamento nas últimas 24 horas, na cidade da Beira, no âmbito de prevenção contra o novo Coronavírus, totalizando assim seis em toda urbe. 

Os dois últimos, tal como os primeiros quatro, foram fabricados pelo empresariado local. O primeiro túnel foi montado na entrada principal do edifício onde funciona o gabinete do governador e 11 serviços provinciais, e onde cerca de duas mil pessoas, entre utentes e funcionários públicos, frequentam o espaço diariamente. 

“Ao montarmos aqui o túnel pretendemos criar condições para que todos os funcionários e utentes deste edifício tenham acesso ao mesmo e podermos assim melhorarmos a prevenção, pois já se sabe que a melhor arma contra esta doença é a prevenção. Apelamos a todos a fazer o uso deste túnel”, disse Lourenço Bulha, governador de Sofala.

O segundo túnel foi montada defronte da sede provincial do partido Frelimo, onde a primeira secretária dos camaradas indicou que o mesmo não servirá apenas aos membros do partido mas sim a toda a população circunvizinha.

Importa referir que pessoas de boa vontade, de forma singular e colectiva, continuam a apoiar as camadas mais desfavorecidas em meios de protecção contra o novo Coronavírus. 

De entre os apoios que tem sido disponibilizados em toda a província de Sofala, com realce na cidade da Beira, estão máscaras de fabrico caseiro, desinfectantes e outros materiais de higienização que estão a ser entregues aos hospitais e  transportadores de pessoas e bens. 

Os materiais de protecção contra a pandemia estão também a serem distribuídos em locais de maior aglomeração populacional.

 

Nas últimas 24 horas, Moçambique registou mais cinco casos de infecção pelo novo Coronavírus, elevando para 87 o número de casos positivos. 

Foram realizadas no laboratório do INS, 393 testes de casos suspeitos, dos quais 388 revelaram-se negativos e 5 positivos para a doença. 

“Fizemos um total de 393 testes nas últimas 24 horas e, dos casos suspeitos testados, 388 revelaram-se negativos e cinco são positivos para a doença da covid-19”, informou esta tarde, o ministro da saúde, Armindo Tiago, durante a conferência habitual de imprensa realizada em Maputo.

Segundo os dados o país registou mais 7 recuperados, totalizando 34 pacientes totalmente recuperados da COVID-19 e ainda não há registo de óbitos.

Assim, actualmente, Moçambique conta com 87 casos positivos registados, sendo 78 de transmissão local e 9 casos importados.

O Ministério da Saúde (MISAU) reitera o apelo para a observância, com rigor, seriedade e responsabilidade, de todas as medidas de prevenção da COVID19. 

Porque a prevenção continua a melhor arma para combater a COVID-19, o MISAU recomenda ficar em casa; lavar sempre as mãos com água e sabão ou cinza ou usar desinfetante; sempre que tossir/espirrar cubra a boca com o braço dobrado em forma de “V” ou um lenço de papel e depois deitar ao lixo e de seguida lavar as mãos, evitar tocar na cara: olhos, boca e nariz sem lavar as mãos; manter distância de 1, 5 metro e meio em relação a outras pessoas; evitar aperto de mão, abraços, beijos; evitar locais com aglomerados de pessoas e usar máscaras nos locais públicos ou com aglomerado.
 

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