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COVID-19 “sufoca” contas das instituições do ensino superior

As receitas da Universidade Pedagógica de Maputo caíram de 12 para 2.5 milhões de meticais por mês devido aos impactos da COVID-19. O novo Coronavírus apertou, igualmente, as contas da UEM e do ISCISA.

 Três instituições do ensino superior reuniram-se na mesma sala para avaliar os impactos da COVID-19, num estudo encabeçado pela Universidade Pedagógica de Maputo.

“Agora que preparamos a abertura do próximo ano, eu creio ser oportuno, magníficos reitores voltarmos a conversar, uma vez mais, como é que vamos nos organizar, de forma colectiva para enfrentar esse desafio da COVID-19 nas nossas instituições”, apelou Jorge Ferrão, reitor da Universidade Pedagógica de Maputo.

A Universidade Pedagógica de Maputo viu as suas receitas mensais caírem de 12 para 2.5 milhões de meticais como consequência da desistência de pelo menos três mil estudantes.

“Na estrutura do orçamento da UP, a componente de bens e serviços é financiada por receitas próprias. O Estado entra com a componente salarial, então, houve muita dificuldade em custear essas despesas, que incluem a componente da biossegurança. Por isso, nos nossos estudos percebemos muita criatividade da instituição para ter sucessos”, concluiu Eduardo Humbane, pesquisador da Universidade Pedagógica de Maputo.

O investimento na prevenção do novo Coronavírus lesou, igualmente, as contas da Universidade Eduardo Mondlane que recomenda união entre as instituições do ensino superior para lidar com a situação.

“Com a diminuição das receitas próprias, a situação da Universidade Eduardo Mondlane não é satisfatória pelo que urge que as instituições do ensino superior se unam no sentido de garantir um financiamento adicional para o seu funcionamento em meio a COVID-19”, exortou Orlando Quilambo, reitor da Universidade Eduardo Mondlane.

Mais do que mexer com as finanças, o novo Coronavírus afectou os estágios dos estudantes do Instituto Superior das Ciências de Saúde. “O défice orçamental para aquisição de equipamento de protecção para os estudantes nos campos de estágio e a limitação do número de estudantes nos campos de estágio, também é outro entrave”.

Apesar do défice no orçamento, as instituições criaram facilidades no pagamento de propinas aos estudantes que foram directamente afectados pela pandemia.

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