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Coronavírus força encerramento de cinemas, teatros e discotecas

Cinemas, teatros e discotecas vão fechar as portas por tempo indeterminado para evitar eclosão e possível propagação do novo coronavírus. Já os restaurantes continuam abertos, mas queixam-se da falta de clientes.

A ameaça de uma pandemia que obriga a fechar tudo e está a abalar o mundo da cultura…

Numa luta preventiva contra o novo coronavírus, não há mais cinema, teatro e muito menos discoteca na cidade de Maputo, ou seja, a diversão está suspensa e, sem exagero, a indústria da cultura parou por um tempo indeterminado.

Banir reuniões em locais fechados e eventos sociais com mais de 50 pessoas é uma das medidas do Governo para evitar a eclosão e propagação da pandemia do COVID-19 no país, que já matou mais de 10 mil pessoas no mundo.
O cine teatro Gil Vicente apagou as luzes do palco, os actores pararam de entrar em cena e o público deixou de ter a diversão garantida já há duas semanas e não há previsão de quando voltará a ter.

Mais do que uma simples manifestação cultural, o teatro é uma das fontes de renda, senão a única, de muitos actores, mas que está ameaçada pelo novo coronavírus.

A sua eclosão e propagação é tão rápida que nem o Cine Teatro Gilberto Mendes terá o tempo suficiente para "Profetizar" a sua chegada e muito menos a forma implacável com que pode matar, por isso é melhor prevenir do que remediar.

Mas a partir de segunda-feira o teatro vai ter mesmo de fechar as portas.

E domingo será a última vez que os actores vão apresentar a peça de  teatro  “O Profeta” porque do resto é só ficar a orar e profetizar que dias melhores virão.

A discoteca Matchedje, onde, aos fins-de-semana, quando o sol se põe, grande parte dos jovens aqui convergem, ficam fechados, divertem-se e só saem quando o sol nasce no dia seguinte.

Por ser um espaço fechado com capacidade para cerca de 400 pessoas, a discoteca vai, também, encerrar as portas a partir de segunda-feira, como forma de evitar a propagação do novo coronavírus.

Enquanto  isso, esse fim-de-semana há despedida, mas com limitação inicial das 300 pessoas, anunciada pelo Presidente da República.

Se por um lado os cinemas, teatros e discotecas vão fechar as portas, os restaurantes e pastelarias continuam resilientes, mas os clientes, estes, não põem os pés por lá.

Ainda que sejam poucos, é preciso garantir a observância de regras básicas pelos clientes e restaurantes para evitar a eclosão do COVID-19.
E os outros só se preocupam com eles mesmos, os clientes que se cuidem…

Sem alternativa nem sequer para abrir as portas para o público, os cinemas e teatros esperam que, depois da ameaça do surto do novo coronavírus passar, o Governo procure formas de ajudar na recuperação desta indústria.

Enfim…todos moçambicanos devem unir-se para prevenção do COVID-19, um inimigo da cultura, da saúde e de toda a humanidade.

 

 

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