Voltou a falhar a exumação, que tinha sido marcada para hoje já que não se realizou na última sexta-feira, dos restos mortais das sete pessoas enterradas vivas no distrito da Manhiça, Província de Maputo, alegadamente devido à ausência da equipa da medicina legal.
É tenso o ambiente que se vive, neste momento, no Posto Administrativo de Maluana, distrito de Manhiça. A população local concentrou-se, hoje, debaixo de uma árvore e foi, depois, reunir-se com o chefe do posto administrativo, para exigir a libertação de cinco pessoas que se encontram sob custódia policial, por suspeita de terem participado, activamente, na morte dos sete supostos ladrões de gado bovino, incluindo alegados agentes da PRM e um membro do exército moçambicano.
Santos Chirindza, residente de Maluana que esteve na multidão, que, mais uma vez, marcou a presença junto às instalações do posto administrativo, explica os motivos que os levou àquele local: “Viemos concentrar-nos aqui, para saber para onde foram os nossos filhos que foram levados pela Polícia”, disse.
Sexta-feira passada, não aconteceu a exumação das sete pessoas enterradas vivas, alegadamente porque a equipa da medicina legal não se fez ao local, e tinha sido reagendada para hoje, mas, mais uma vez, não se realizou.
“Importa dizer que o conjunto que vai efectuar esse trabalho ainda não se encontra completo, mas tudo indica que, a qualquer momento, no dia de hoje, este procedimento, que é complexo e envolve muitas equipas, poderá, finalmente, efectivar-se”, garantiu o chefe de posto.
Até à saída da equipa de reportagem do “O País”, a equipa da medicina legal não estava em Maluana, e o que se via, no local, era o reforço da presença policial, por receio de uma manifestação popular.