O Conselho Anglicano de Moçambique apela para que os órgão eleitorais, em especial o Bispo Dom Carlos Matsinhe, observem a lei eleitoral e a prática da verdade. O órgão máximo deliberativo da Igreja Anglicana diz que o povo moçambicano espera honestidade, integridade, transparência, respeito e a verdade dos gestores do processo eleitoral.
Em carta pastoral, assinada pelo Dom Vicente Msosa, na qualidade de vice-presidente do Conselho Anglicano de Moçambique, a Igreja Anglicana em Moçambique lamenta por todas as situações relativas a eventuais falhas de gestão eleitoral e de eventuais interferências de outros órgãos fora do processo eleitoral.
“À Comissão Nacional de Eleições, especialmente ao Bispo Dom Carlos Matsinhe, e ao STAE, o Conselho Anglicano de Moçambique apela para a observância da lei eleitoral e a prática da verdade. O povo moçambicano, os eleitores esperam de vós a honestidade, integridade, transparência, respeito e a verdade. Jesus Cristo exorta a humanidade a conhecer a verdade dizendo que a verdade vos libertará (Ev.João 8.32)”, lê-se na carta pastoral.
O Conselho Anglicano apela para que os moçambicanos, os eleitores e os actores políticos pautem pela paz.
“Aos partidos políticos, apelamos para a observância da lei eleitoral e o uso das instituições de justiça nos casos que considerem injustiça ou ilegalidade. Exortamos-vos a tudo fazerem para a preservação da paz e tudo quanto fazem lembrados de que bem-aventurados [são] os pacificadores, porque serão chamados filhos de Deus. (S.Mateus 5.9). Clarificamos que a CNE é um órgão do Estado e não de qualquer religião ou igreja, incluindo a Anglicana”, avança a carta.
No documento, o Conselho Anglicano de Moçambique diz que tem estado a acompanhar pronunciamentos da sociedade moçambicana, dentro e fora do país, sobre situações descritas como sendo de irregularidades no processo eleitoral, associadas a manifestações e protestos políticos.
“As situações acima descritas consubstanciam para a sociedade um cenário triste e preocupante para o país e para o mundo que almeja ser onde Deus é o Senhor”, escreve o Conselho Anglicano.