Em condições normais, a inauguração do segundo maior estádio desportivo do país, pós-Independência, mesmo que num distrito, deveria merecer a presença do Chefe de Estado. Porém, compreender-se-ia que caso a sua agenda não o permitisse, o Primeiro-Ministro faria as honras da casa. Mas tal não aconteceu. A representação passou para o Governador da Província.
Como é que os desportistas deverão ler a mensagem? Será por ser de fora da capital e da iniciativa de um município que não o do Partido no poder?
Mas as coisas não só ficaram por aqui. É que o Ministério da Juventude e Desportos, de tão atarefado(?), também não se fez representar, nem pela Ministra, Vice-Ministra ou mesmo Director-Nacional.
A estrutura central do Desporto, delegou a presença através do Director Provincial.
A pergunta pertinente é: “a dôr de cotovelo” que resultou num cartão vermelho, do partidão vermelho, terá pesado mais do que a maravilhosa iniciativa do Município da Beira?
ATÉ PORQUE…
“Consta do Plano Quinquenal do Governo, orgulha os desportistas beirenses e de todo o país” – referiu Alberto Mondlane, o governador da Província de Sofala, na inauguração.
Em que ficamos então, pois estamos a falar de um Estádio, concebido sob todas as normas e exigências internacionais, transportando consigo a virtude de estar inserido numa zona que garante a utilização pelos citadinos, mas também de jogos internacionais?
O novo “caldeirão do Chiveve”, aparece como um esforço para servir TODOS os desportistas do país, tentando ressarci-los do desaparecimento de inúmeros campos, sucessivamente “bisnados” a favor de bolsos sabe-se-lá de quem. A iniciativa do CMCB é uma obra que deve servir de exemplo para outros municípios.
Mas a mensagem que ficou da cerimónia em referência é a de que estamos em presença de um chivevezito de Daviz Simango, para satisfazer o seu ego e angariar votos. Aliás, o cartão amarelo já havia sido dado pela bancada da Frelimo na Beira, que referiu que se dependesse dela, nunca o país se iria beneficiar daquela obra!