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Comité Internacional da Cruz Vermelha assiste deslocados de Ancuabe

Foto: CICV

Pelo menos seis mil pessoas, das milhares que se deslocaram do distrito de Ancuabe para Mieze, na província de Cabo Delgado, em consequência dos recentes ataques terroristas, receberam materiais de abrigo e utensílios domésticos.

O Comité Internacional da Cruz Vermelha (CICV) considera a situação a que milhares de deslocados estão sujeitos, nas últimas semanas, como “de partir o coração”, sobretudo devido às “condições terríveis em que as pessoas chegam. Famílias inteiras deixam suas casas sem nada”.

Abdirizak Ahmed Maalim Mohamednoor, Coordenador de Segurança Económica daquela organização humanitária em Moçambique, referiu, ainda, que “as pessoas em Mieze abriram as suas portas aos deslocados, mas também há famílias numerosas e, em alguns casos, as condições são precárias. Algumas famílias não têm tecto” para se abrigarem nem para acolher as vítimas que recebem.

Para minimizar o drama dos deslocados, em particular os que moram em casas de parentes ou com famílias de acolhimento em Mieze, o CICV distribuiu lonas, baldes, cobertores, redes mosquiteiras, sabonetes e utensílios de cozinha, como panelas e talheres.

“Muitas das famílias recém-deslocadas chegaram a Ancuabe vindas de outros lugares em busca de segurança, e este foi o segundo deslocamento que sofreram. Eles tiveram que fugir a pé ou de autocarro, chegando a novos destinos sem meios de se sustentar”, afirmou Abdirizak Mohamednoor.

Na estrada, muitas vezes, os membros da família separam-se e muitas crianças ficam sem os responsáveis adultos, acrescentou a fonte, citando dados da Organização Internacional para as Migrações (OIM), que aponta para 55% o número dos recém-deslocados com menos de 18 anos.

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