Membros do Comité Central do Partido reuniram-se este sábado em sessão extraordinária para debater a aprovar o manifesto eleitoral que os camaradas irão “vender” aos eleitores durante a campanha eleitoral para conquistar votos. Sessão terminou com o Presidente do Partido, Filipe Nyusi a anunciar os cabeças-de-lista a governadores provinciais.
Dez apostas para 10 províncias. A Frelimo deu a conhecer este fim-de-semana as pessoas a quem confiou a missão garantir a vitória em 10 das 11 províncias do país nas primeiras eleições a governadores províncias na história de Moçambique. São eles Valigy Tualibo, cabeça-de-lista a assembleia provincial de Cabo Delgado, Judite Massangela, cabeça-de-lista para Niassa, Manuel Rodrigues, para Nampula, Domingos viola para Tete. Daniel Chapo, actual governador da província de Inhambane voltou a ser confiado a missão de conquistar a “terra da boa gente”, Margarida Mapamdzene Chongo para Gaza, Júlio Parruque, actual governador da província de Cabo Delgado vai concorrer para governar a Província de Maputo. Sofala, considerada bastião da oposição, tem Lourenço Bulha como cabeça-de-lista a governador.
Francisca Domingas é cabeça de lista a província de Manica e Pio Matos vai concorrer para Zambézia.
Por outro lado, o Presidente do Partido anunciou os nomes que encabeçam as listas, por círculo eleitoral, a deputados da Assembleia da República, maioritariamente membros da Comissão Política e chefes das brigadas centrais de assistência as províncias. Aires Aly para Niassa, para Cabo Delgado, Eduardo Mulembwe, para Nampula, Margarida Talapa, Zambézia, Basílio Monteiro, Tete, Tomaz Salomão, Carlos Agostinho do Rosário para Manica, Sérgio Pantie para Sofala, Ana Rita Sithole para Inhambane, Conceita Sortane para Gaza, Verónica Macamo para Maputo-Província e Esperança Bias para cidade de Maputo.
APROVADO MANIFESTO ELEITORAL
O manifesto eleitoral para as eleições presidenciais, legislativas e para as assembleias províncias era a matéria de fundo da sessão do Comité Central. Os 197 membros que participaram do encontro deram luz verde ao documento que servirá de instrumento orientador da campanha eleitoral do partido. Trata-se de um manifesto com visão principal no desenvolvimento económico e na criação de condições para reforçar o combate a corrupção.
"O nosso manifesto permite um desenvolvimento económico e social do país através de políticas integradas e orientadas para geração de riqueza por forma a melhorar as condições de vida dos moçambicanos e uma distribuição justa do rendimento nacional”, disse Filipe Nyusi, justificando que “pela sua importância o documento guiará a nossa abordagem nos próximos tempos, tendo um peso capital nas eleições que se aproximam”.
O Presidente da Frelimo fala ainda de uma agenda 20-24 focada no desenvolvimento económico do país através da industrialização, um processo que, na visão de Nyusi, “se materializara através de investimentos em áreas e produtos selecionados por forma a garantir a autossuficiência da produção nacional nos produtos de consumo básico e exportação de culturas de rendimento, que permitirão a internacionalização de empresas nacionais e captação de divisas para o país”.
O Presidente da República há quase cinco anos, Filipe Nyusi diz que caso vença as eleições de 15 de Outubro próximo vai apostar na “elevação do nível de vida da população através da transformação estrutural da economia, expansão e diversificação da base produtiva, através de uma agenda nacional de desenvolvimento que será o instrumento orientador do Governo e de todos os actores sociais e económicos sobre o modelo económico e social a ser adoptado para a governação de 2020 até 2024”.
A terminar alertou que tais anseios podem não ser concretizados se não for aumentada a eficácia no combate a corrupção, que actualmente tem como um dos entraves fragilidades na legislação. Defende por isso a revisão da lei anticorrupção. “A legislação deverá focalizar-se na minimização dos conflitos de interesse, garantir a responsabilização dos servidores públicos e a proteção da coisa pública, bem como conferir os poderes necessários para que as instituições públicas relevantes possam actuar com isenção e a independência necessária no combate à corrupção”, terminou.
