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Comissão de inquérito da AR investiga suposto envolvimento de deputado no tráfico de drogas

Foto: O País

Uma comissão de inquérito da Assembleia da República vai averiguar o suposto envolvimento de um deputado no Tráfico de Drogas usando o Porto de Macuse, na Zambézia.

O Serviço Nacional de Investigação Criminal (SERNIC) na Zambézia deteve, em Novembro, um oficial da marinha afecto à base naval e um professor, supostamente envolvidos no tráfico de drogas usando o Porto de Macuse, que dista a cerca de 100 quilómetros da capital provincial, Quelimane.

Terá sido na conferência de imprensa convocada para anunciar as detenções que se falou do alegado envolvimento de um deputado da Assembleia da República no tráfico de estupefacientes.

E o caso voltou a ser abordado no Parlamento, a 1 de Dezembro, pelo deputado Venâncio Mondlane, que solicitava esclarecimentos a respeito.

Esta quinta-feira, por meio de um comunicado de imprensa, a Comissão Permanente da Assembleia da República anunciou a criação de uma comissão parlamentar de inquérito para averiguar o caso.

“A criação da CPI surge na sequência da informação veiculada, em Plenário da Assembleia da República, do dia 01 de Dezembro de 2022, pelo deputado Venâncio António Bila Mondlane, Relator da Bancada Parlamentar da RENAMO, do envolvimento de um deputado da Assembleia da República, no tráfico de droga, usando o Porto de Macuse, Província da Zambézia”, diz o comunicado do Parlamento.

A comissão que vai averiguar o caso é composta por sete deputados, sendo quatro da Frelimo, dois da Renamo e 1 do MDM. A mesma comissão é presidida por António Niquice.

Ao “O País”, o porta-voz do SERNIC na província da Zambézia diz que nunca falou de algum deputado envolvido no tráfico de drogas e que esta informação terá sido inventada.

“Se há um processo em instrução, envolve um tenente e um professor implicados no tráfico de droga, metanfetamina. A informação (sobre o suposto envolvimento de um deputado da Assembleia da República) veio (a público) através de uma fonte que nós não conhecemos. Nós não tínhamos esse dado.  A pergunta foi de um jornalista para nós. Houve essa edição (de um vídeo sobre o assunto) de má-fé para fazer crer que nós estamos a investigar. Não é verdade, não existe nenhuma investigação envolvendo algum deputado”, explica o prota-voz do SERNIC na Zambézia, Maximino Amilcar.

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